A multidão de porto-alegrenses que lota o Parque da Redenção a cada fim de semana de sol para tomar chimarrão, comer pipoca e passear com o cachorro teve mais um item em sua lista de passatempos neste sábado: das 11h da manhã ao início da noite, milhares viram e ouviram os shows do Festival BB Seguridade de Blues e Jazz, que trouxe nomes nacionais e internacionais do gênero pela primeira vez a Porto Alegre, em um palco montado atrás do espelho d'água do parque.
O clima ajudou e, desde o início, fãs de jazz e blues, famílias completas, quem passava ali por acaso e grupos de jovens começaram a se reunir em frente ao palco. O primeiro show foi da Orleans Street Jazz Band, de São Paulo, que tocou clássicos jazzísticos e foi seguida por O Bando, de Minas Gerais, que tocou covers de rock e blues. Em seguida, Hamilton de Holanda subiu acompanhado de seu bandolim de 10 cordas e pelo acordeom de Marcelo Caldi e a percussão de Thiago da Serrinha, para depois liberar o palco para os cariocas do Blues Etílicos, que segue em comemoração aos 30 anos de carreira.
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Já no final da tarde, quando o sol começava a se pôr na Redenção e o vento começava a castigar os mais friorentos, Dudu Lima e Stanley Jordan apresentaram virtuosismo e suingue em um show cheio de improvisos e reinterpretações de clássicos, como Stairway to heaven, do Led Zepellin. Com a noite já baixando, a atração mais popular do festival, Maria Gadú subiu ao palco com o paulistano Tony Gordon ao som de Come together, dos Beatles. Em um show diferente do que os seus fãs estão acostumados a ver, a paulista mostrou talento na guitarra e um repertório mais voltado ao blues, com versões de standards do gênero e releituras de hits da música pop.
Se no palco o clima era de celebração e gratidão – "este alto astral é incrível", chegou a dizer Dudu Lima ao fim da apresentação com Stanley Jordan –, na grama eram ubíquos os sorrisos e as danças. As filas, sejam para comprar comida e bebida, sejam para usar os banheiros químicos instalados na praça, mostraram que a primeira edição do festival em Porto Alegre foi aprovada pelo público da cidade – não é todo dia que se vê o maior parque da Capital lotado para assistir a shows de jazz.