Conhecida pela saga Harry Potter, a escritora britânica J.K. Rowling voltou a reforçar posicionamentos transfóbicos nas redes sociais. Nessa terça-feira (17), a autora foi questionada por um usuário do X (Twitter) sobre a possibilidade de ser presa, caso fosse aprovada uma lei que torne crime os comentários de transfobia. Ela deu de ombros:
"Aceitaria feliz em cumprir dois anos se a alternativa for o discurso forçado e a negação forçada da realidade e da importância do sexo", escreveu na rede social. Ela acrescentou que um processo judicial seria "mais divertido do que qualquer tapete vermelho".
A escritora também brincou sobre seus supostos deveres na prisão: "A lavanderia pode ser um problema. Tenho tendência a encolher coisas/torná-las rosadas acidentalmente. Suponho que isso não será um grande problema se forem principalmente roupas cirúrgicas e lençóis".
As falas da autora vão de encontro a uma matéria do jornal Daily Mail, que traz especialistas discutindo um eventual governo liderado pelo Partido Trabalhista, no Reino Unido. Uma das possíveis medidas seria a criminalização dos ataques à identidade de gênero.
No mesmo dia, J.K. compartilhou uma imagem dizendo que, em tradução livre, “repita conosco: mulheres trans são mulheres”. Só que a escritora escreveu "não" na publicação, ressaltando que, conforme a visão dela, mulheres transexuais não são mulheres. Nos comentários, alguns seguidores apoiaram a publicação, mas a maioria criticou a atitude da autora.
J.K. tem um histórico de posicionamentos transfóbicos e discriminatórios à população LGBTQ+. As atitudes da autora dividem os fãs de Harry Potter há anos, a ponto de alguns leitores e espectadores deixarem de consumir conteúdos relacionados à saga. Atores que atuaram nas adaptações cinematográficas da obra, como Daniel Radcliffe e Emma Watson, se mostraram contrários a essa postura.