Livros têm o poder de causar impacto transformador nos leitores, e algumas obras tiveram tanto efeito que influenciaram a percepção de milhares de pessoas sobre a humanidade e os valores sociais, durante gerações. Tendo a enorme influência de 22 livros como guia, a Coordenação do Livro e Literatura da Secretaria Municipal da Cultura programou a série de palestras Vinte e dois Livros que Abalaram o Mundo, dentro do Projeto Feira Fora da Feira. Os encontros têm entrada franca e ocorrem de segunda a sexta-feira, de hoje até dia 16, no Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/nº). Até o dia 14, a primeira sessão começa às 17h, nos dias 15 e 16, às 16h.
Segundo o coordenador do Livro e Literatura, Sérgius Gonzaga, em todas as épocas houve livros que despertaram nos leitores sentimentos de identidade e de importância vital inigualáveis.
– Seja por afrontar valores estéticos ou morais ou ideológicos, seja por defendê-los ou sedimentá-los, são obras que fascinam, irritam e chocam o seu tempo, tornando-se referências obrigatórias nos confrontos de ideias ou nos debates literários e ampliando o horizonte intelectual da geração que os consumiu - afirma Gonzaga, ao completar que muitas dessas obras às vezes se tornam esquecidas.
Cada livro será apresentado por um intelectual com vasto conhecimento na obra e no autor. O historiador Voltaire Schilling, fala sobre Arquipélago Gulag (1973), de Soljesnitsin; a professora da UFRGS Regina Zilberman, de Memórias de Uma Moça Bem Comportada (1958), de Simone de Beauvoir; e a psicanalista Lúcia Serrano, do O Amante de Lady Chaterley (1928), de D. H. Lawrence, entre outros. Dois títulos ainda não foram revelados, segundo Gonzaga, que apresentará um desses livros-surpresa (veja lista ao lado).
Segunda-feira, 5 de novembro
Antônio Amantino, professor da UPF, fala sobre A Riqueza das Nações (1776), de Adam Smith
Ricardo Barberena, professor da PUCRS, aborda 120 Dias de Sodoma (1785), de Marquês de Sade
Terça-feira, 6 de novembro
Flávio Loureiro Chaves, professor da UFRGS, fala sobre Moby Dick (1851), de Herman Melville
José F. Botelho, escritor, aborda O Espião Que Saiu do Frio (1963), de John de la Carré
Quarta-feira, 7 de novembro
Regina Zilberman, professora da UFRGS, fala sobre Memórias de Uma Moça Bem Comportada (1958), de Simone de Beauvoir
Antonio Hohlfeldt, professor da PUCRS, analisa Winettou (1893), de Karl May
Quinta-feira, 8 de novembro
Cláudia Laitano, jornalista e escritora, fala sobre Em Busca do Tempo Perdido (1913-1927), de Marcel Proust
Felipe Pimentel, historiador, aborda As portas da percepção (1954), de Aldous Huxley
Sexta-feira, 9 de novembro
Débora Mutter, professora da Ulbra, analisa Bom Dia, Tristeza (1954), de Françoise Sagan
Herika Zobgi Jorge, professora da Uniritter, fala sobre A Arte de Amar (1956), de Erich Fromm
Segunda-feira, 12 de novembro
Pedro Gonzaga, escritor, aborda Trópico de Câncer (1934), de Henry Miller
Antonio Sanseverino, professor da UFRGS, analisa Lord Jim (1900), de Joseph Conrad
Terça-feira, 13 de novembro
Rodrigo de Lemos, professor da UFCSPA, fala sobre A Condição Humana (1933), de André Malraux
Ana Carolina Seffrin, escritora, aborda Delta de Vênus (1940), de Anaïs Nin
Quarta-feira, 14 de novembro
Sergius Gonzaga, professor da UFRGS, analisa um livro-surpresa (1927)
Voltaire Schilling, historiador, fala sobre Arquipélago Gulag (1973), de Alexander Soljesnitsin
Quinta-feira, 15 de novembro
Lúcia Serrano, psicanalista, aborda O Amante de Lady Chaterley (1928), de D. H. Lawrence
Carlos Veit, psicanalista, analisa Tornar-se Pessoa (1954), de Carl Rogers
João A. Nicotti, crítico literário, fala sobre Doutor Jivago (1956) , de Boris Pasternak
Sexta-feira, 16 de novembro
Luis Augusto Fischer, professor da UFRGS, aborda um livro-surpresa (1987)
Juremir Machado da Silva, escritor e professor da PUC, analisa A Idade da Razão (1946), de Jean-Paul Sartre
Jeferson Tenório, escritor, fala sobre Numa Terra Estranha (1962), de James Baldwin