A Livraria Cultura entrou com pedido de recuperação judicial, segundo comunicado distribuído nesta quarta-feira (24) a editoras e credores da companhia. Mesmo depois de receber uma injeção de cerca de R$ 130 milhões para encerrar as operações da rede francesa Fnac no país, a companhia não conseguiu solucionar seus problemas financeiros e teve de recorrer à proteção da Justiça.
"Com essa medida (de recuperação judicial) visamos normalizar, em curto espaço de tempo, compromissos firmados com nossos fornecedores, preservando a saúde da empresa criada por Eva Herz em 1947, a manutenção de empregos e gerando mais estímulo para crescer", informou a empresa em nota.
A empresa foi criada por Eva Herz, em 1947, e hoje está em sua terceira geração de administradores. Nos últimos meses, a companhia tem promovido uma série de ajustes no negócio – entre os quais estão o fechamento de lojas e redução do quadro de funcionários, além de refazer os planejamentos de curto e médio prazos.
Atualmente, a Livraria Cultura ainda mantém 15 lojas físicas abertas. Após o pedido de recuperação judicial, a direção da companhia promete investir de forma "agressiva" nos canais digitais e manter poucas lojas físicas.
Em dezembro de 2017, a Livraria Cultura anunciou a compra da Estante Virtual, a mais conhecida rede de "sebo virtuais" da internet .