Enquanto alguns feirantes ainda montavam suas bancas, a Área Infantil e Juvenil da 63ª Feira do Livro de Porto Alegre, na Praça da Alfândega, já recebia os seus minivisitantes, desde a manhã desta quarta-feira (1º). Acompanhados de pais, tios, avós ou professores, crianças exploravam, com entusiasmo e curiosidade, um local cheio de histórias dedicadas a elas e a adolescentes.
Além de ter livros para o público infanto-juvenil, o espaço conta com o QG dos Pitocos, exclusivo para contação de histórias e apresentações teatrais.
— Esse primeiro contato dos pitocos com os livros não tem preço, nós estamos semeando a literatura. Vamos mostrar muitas histórias de Hans Christian Andersen, que é o autor homenageado neste ano no QG, porque foi o primeiro a fazer literatura infanto-juvenil no mundo — explica Bárbara Catarina Camargo, coordenadora do QG dos Pitocos.
A professora de Educação Física Daniela Caiaffo aproveitou o primeiro dia da feira para trazer a filha mais velha, Júlia, de 9 anos, e a Lívia, de três meses para "já pegar o gostinho pelos livros".
— Todos os anos ela (Júlia) pede para vir e adora! Procuro sempre incentivar a leitura em casa — comenta Daniela.
No início da tarde, alunos entre cinco e seis anos da Escola Municipal de Educação Infantil Vila Nova São Carlos, na Lomba do Pinheiro, foram até o QG para assistir à sessão Contos de Andersen. Conforme a diretora, o passeio à Feira do Livro contribui para incentivar ainda mais a leitura fora do ambiente escolar.
— Nós estamos fazendo trabalhos lá na escola em que os alunos podem levar livros para a casa, e a visita à Feira motiva os pequenos ainda mais. Eu acredito que o contato com o livro desde pequeno serve para mostrar que a leitura também é um prazer e não só uma obrigatoriedade. É uma fonte lúdica de prazer, que desperta sabedoria e criatividade — afirma Daiane Breitenbach, diretora da escola.
Ao lado dos coleguinhas da São Carlos, Ediene da Silva, 6 anos, diz que já esteve "várias vezes na Feira do Livro". A pequena destaca que é muito importante aprender:
— Porque aí a gente pode ensinar quem não sabe ler. É muito legal, eu gosto muito de ler, a gente se "enterte" e pode viajar na mente, para os lugares do livro.
Para a professora Silvia Cristina Schmidt, professora da Escola Aberta Ayrton Senna da Silva, no bairro Santo Antônio o contato com os autores durante o passeio pode inspirar as crianças a se tornarem escritoras. Os alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental tiveram um encontro com Alexandre Brito, autor do livro Museu Desmiolado, que foi trabalhado em sala de aula.
— A mágica da Feira desmistifica o universo da leitura, esse contato direto com o autor é muito interessante até como um incentivo ao que eles produzem como escrita. As crianças não são só leitoras, são escritoras em potencial. E a alegria das crianças nos mostra o quanto é importante fazer esse tipo de visita — afirma Silvia.
Gamificando a Feira
Uma das novidades deste ano da 63ª Feira do Livro de Porto Alegre é o Game da Feira. Com a ideia de abordar de forma divertida o evento na Capital, o jogo online conta com 46 perguntas sobre a programação e a história da Feira. Além disso, os participantes serão desafiados a cumpri tarefas como tirar uma selfie com a estátua de Carlos Drummond de Andrade e de Mario Quintana.
As perguntas são divididas em nível fácil, valendo 50 pontos, e nível difícil, que valem 100 pontos. Já as tarefas contabilizam 150 pontos cada.
O jogo está disponível no site www.feiradolivro-poa.com.br. É possível jogar até o meio-dia do dia 18 de novembro. Depois, o resultado final será divulgado no mesmo site e na página da Feira no Facebook. Os três participantes que mais pontuarem no ranking final ganharão livros.