Terça-feira, 21h. Para quem é fã de literatura em Porto Alegre, esse dia e hora transformam-se em endereço: o bar Ocidente (Oswaldo Aranha com a João Telles). Há dezoito anos, o local abriga o Sarau Elétrico, tradicional evento literário da Capital. Na noite da última terça (11), o cenário foi o costumeiro. Casa cheia e, no palco, conversa, leitura de contos, crônicas e poemas, e uma canja musical para encerrar.
Na primeira das três noites de julho em celebração à maioridade do projeto, não houve um tema pré-determinado. Kátia Suman (criadora do evento), Luís Augusto Fischer e Diego Grando receberam Cláudia Tajes e Cláudio Moreno, ex-integrantes fixos do Sarau, e os cinco leram textos escolhidos livremente. Entre copos de cerveja e taças de vinho, o público ouviu textos de diferentes autores nacionais e caiu na risada com a leitura de uma crônica sobre os 18 anos ali celebrados.
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"Mãe" do Sarau, Kátia, que planejou o primeiro encontro em 1999 quando trabalhava na rádio Ipanema, recorda que nos últimos quatro aniversários a atração musical foi Vitor Ramil, o que ajudou a atrair o público. Dessa vez, a responsabilidade era maior, brinca. E se a responsabilidade foi maior, o resultado não decepcionou. Com todas as mesas ocupadas, alguns atrasados precisaram ficar de pé no corredor para enxergar. Um possível desconforto, porém, não pareceu suficiente para afastar os inabaláveis que permaneceram ali até o final, misturando o riso com aplausos.
O encerramento da noite ficou por conta de jovens integrantes da Orquestra Villa-Lobos, que executou uma série de choros tocados em instrumentos como cavaquinho, flauta e violão.
Nas duas próximas terças (18 e 25), a comemoração deve ter a presença da cantora Shana Müller, o músico Frank Jorge (convidado na primeira edição) e a escritora Martha Medeiros.