O economista Edmar Bacha, 74 anos, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras (ABL) na tarde da última quinta-feira. Ele vai ocupar a cadeira de número 40, deixada vaga pelo jurista Evaristo de Moraes Filho, morto em 22 de julho. Os ocupantes anteriores foram o fundador Eduardo Prado (que escolheu o Visconde do Rio Branco como patrono), Afonso Arinos, Miguel Couto e Alceu Amoroso Lima.
Bacha conquistou 18 dos 33 votos, dos quais 23 presenciais, depositados em uma urna na sede da ABL, no Rio, e outros 10 por carta. Seu principal concorrente foi Eros Grau, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, que recebeu 15 votos. Bacha integrou a equipe que implantou o Plano Real, em 1994, e é autor de vários livros. O mais recente é Berlíndia 2.0: Fábulas e ensaios sobre o país dos contrastes (Civilização Brasileira). Bacha prepara uma nova obra, O fisco e a moeda: Ensaios sobre o tesouro nacional e o Banco Central, que deverá ser editada ainda neste ano.
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Bacha formou-se na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais e conquistou o PhD em Economia na Universidade de Yale, nos Estados Unidos. Com essa bagagem, ministrou aulas de Economia em diversas universidades, brasileiras e estrangeiras, além de ter sido pesquisador no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Ele também presidiu o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES.
Atualmente, Edmar Bacha, que nasceu em Lambari (MG), é diretor do Instituto de Estudos de Política Econômica da Casa das Garças, no Rio de Janeiro.
Na semana passada, o poeta, compositor e roteirista Geraldo Carneiro foi eleito para a ABL, ocupando agora a cadeira 24.
* Estadão Conteúdo