Ian McEwan, 68 anos, é um autor cuja obra cumpriu uma trajetória entre a imaginação exuberante e um tanto doentia de seus primeiros livros até a obsessão pelo detalhe em romances de grande requinte técnico, como Reparação e Sábado. Um dos principais escritores contemporâneos de língua inglesa, com um punhado de títulos já adaptados para o cinema e outros dois a caminho (Na praia e A balada de Adam Henry), McEwan esteve em Porto Alegre na última segunda-feira para fazer palestra no ciclo Fronteiras do Pensamento. Falou especificamente de suas buscas como romancista ao longo de sua carreira, de enfant terrible que estreou nos anos 1970 com poderosos volumes de contos ancorados num humor negro (que para muitos críticos soou grotesco) a autor de romances realistas coloridos com minuciosa pesquisa. O que não evitava alguns erros que seus leitores corrigiam por carta.
Literatura
Ian McEwan: "O escritor é uma espécie de espião"
Autor de "Reparação" e "Enclausurado" fala de Brexit, de literatura, do Nobel para Dylan e da desesperança que alimenta os atuais nacionalismos
Carlos André Moreira
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