O dramaturgo e diretor teatral José Celso Martinez Corrêa foi velado durante a madrugada desta sexta-feira (7), em uma cerimônia que se estendeu até a manhã no Teatro Oficina, espaço fundado por ele em São Paulo. O artista morreu na manhã de quinta (6), aos 86 anos, devido a complicações após ter 53% do corpo queimado em um incêndio em sua casa na terça-feira (4).
O corpo de Zé Celso chegou por volta das 23h e foi recebido por uma multidão de artistas, amigos, parentes e fãs, que já se concentravam no local desde a noite de quinta, cantando, dançando e fazendo saudações ao artista.
Conforme a Folha de S.Paulo, o caixão, coberto por flores e pelo pavilhão da escola de samba Vai Vai, foi colocado no fim de uma passarela. O público foi organizado em fila e orientado a entrar de mãos dadas, em uma corrente para a despedida. As pessoas podiam passar rapidamente pelo caixão e eram orientadas a sair, ainda de mãos dadas.
Marcelo Drummond, marido de Zé Celso, permaneceu nas proximidades do caixão, ainda conforme o jornal. Artistas como Alexandre Borges e Julia Lemmertz acompanharam a cerimônia.
O velório foi aberto ao público e a rua onde fica o Teatro Oficina foi fechada para a passagem dos carros. Um telão foi montado na parte de fora para a transmissão do rito, que seguiu até as 9h desta sexta. Uma cerimônia reservada aos familiares e amigos do artista estava prevista para ocorrer até as 11h. A família quer respeitar o desejo de Zé Celso de ser cremado, mas ainda precisava de autorização para concretizá-lo, segundo o Uol.
O Teatro Oficina é considerado o maior projeto de Zé Celso e um templo das artes cênicas brasileiras. O espaço fica localizado no Bixiga, na capital paulista e foi fundado em 1958. Foram mais de 60 anos à frente da companhia que é referência nacional.