Atualização em 13/11/2019, às 17h20: a temporada deste espetáculo foi cancelada.
É impossível assistir a um espetáculo de Julio Zanotta e sair indiferente. Em seu novo trabalho, o provocador dramaturgo e diretor desafia o conservadorismo levando à cena os estranhos jogos de dois libertinos, Vargas (Pablo Parra, filho do ator Catulo Parra, em sua terceira montagem com Zanotta) e Gilda (Isa Meza Tzin, estreando no teatro profissional).
Um Dia Sodoma, no Outro Gomorra estreia nesta sexta-feira (18) no Teatro do Museu do Trabalho (Rua dos Andradas, 230), na Capital, permanecendo em cartaz de sextas a domingos, às 20h, até 22 de dezembro (Atualização em 13/11/2019, às 17h20: a temporada deste espetáculo foi cancelada). Os ingressos custam R$ 25 (antecipados, no site entreatosdivulga.com.br, com taxa) e R$ 40 (na bilheteria, uma hora antes de cada sessão).
Nas relações perigosas entre o carrasco perverso Vargas e a devassa deprimida Gilda, há espaço para a adoração a uma cabeça de porco, que representa um protesto contra o abate de animais para consumo humano. Durante a ação, o ator Pablo Parra interpreta ao violão modinhas satíricas compostas por ele mesmo.
Escrita e dirigida por Zanotta, a montagem é ambientada à luz de velas, entre fotografias do próprio espetáculo assinadas por Gilberto Perin. Curiosidade: os atores não utilizam maquiagem, nem figurino, atuando com as roupas que vestem no cotidiano. A produção dá início à Trilogia da Intolerância, que terá continuidade em 2020.
Homenagem
Zanotta é um dos mais prolíficos dramaturgos do Rio Grande do Sul. É dele a autoria de A Divina Proporção e A Felicidade Não Esperneia Patati Patatá, que integraram o primeiro espetáculo do Ói Nóis Aqui Traveiz, em 1978. Em 2013, ele foi homenageado com a Semana Julio Zanotta, durante a qual foram realizadas leituras dramáticas e o lançamento de edições artesanais de suas obras.