Nathália Carapeços - direto de Santa Cruz do Sul
Estendidos no teto do ginásio principal do Parque da Oktoberfest, longos panos nas cores da bandeira do Rio Grande do Sul serviam de alerta para o que estava por vir. Naquele palco, no começo da noite desta sexta-feira, a cultura gaúcha estava prestes a se tornar obra-prima: o Encontro de Artes e Tradição Gaúchas (Enart) dava início a sua 31ª edição, em Santa Cruz do Sul.
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Reunindo cerca de seis mil competidores, o evento está entre os maiores de arte amadora da América Latina e transforma a cidade na capital do tradicionalismo durante três dias – a programação se encerra na noite de domingo. Pontualmente às 19h05min, a chegada da chama crioula e as reverências a Nossa Senhora Medianeira abriram os trabalhos. Entradas das bandeiras, execuções de hinos e falas oficiais de nomes como o presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), Nairo Callegaro, integraram o protocolo oficial, mas a grande expectativa da noite era pela apresentação do vencedor do ano passado, o CTG Aldeia dos Anjos. Um repertório de quase 60 anos de história passou pelo palco: o grupo de Gravataí trouxe suas invernadas juvenil, adulta e veterana em coreografias marcantes, como a de 1987, quando o Aldeia venceu seu primeiro Enart nas danças tradicionais.
– Viemos por causa das apresentações de dança. É o que mais gostamos. É importante cultuar a tradição – opina o chefe de manutenção Paulo de Mello, 35 anos, que estava na plateia ao lado da esposa e do filho de apenas de sete anos.