Em sua primeira entrevista depois da demissão da franquia Animais Fantásticos, o ator Johnny Depp afirmou que está sendo boicotado por Hollywood. O artista disse que tem enfrentado "cinco surreais anos" após as acusações de agressão doméstica de sua ex-mulher, Amber Heard.
Em relato ao jornal britânico The Sunday Times, Depp argumentou que uma prova do boicote é que o último filme do qual fez parte, Minamata, de Andrew Levitas, não foi lançado nos Estados Unidos. No longa, ele interpreta W Eugene Smith, um fotojornalista americano que ajudou a expor os trágicos efeitos do envenenamento por mercúrio nas comunidades costeiras japonesas na década de 1970.
"Isso afeta aqueles retratados em Minamata e as pessoas que passaram por experiências semelhantes. E tudo isso por causa de um boicote de Hollywood contra mim? Um homem, um ator em uma situação desagradável nos últimos anos?", questiona.
O diretor da produção também se manifestou sobre o caso, acusando a MGM de não divulgar o longa por conta da presença de Depp.
A acusação de Amber Heard veio em 2016, chegando a ser levada a julgamento. Desde então, alguns estúdios têm cortado o ator, que também tem histórico de ser violento em sets de filmagens, de seus filmes.
Na entrevista ao The Sunday Times, Deep ainda declarou que está "caminhando para onde eu preciso para trazer as coisas à luz" e agradeceu o apoio de fãs que continuam o defendendo.
"Eles sempre foram meus empregadores. Todos são nossos empregadores. Eles compram ingressos. Eles enriqueceram todos aqueles estúdios, mas eles (os estúdios) se esqueceram disso há muito tempo. Certamente, eu não esqueci", disse Depp. "Tenho orgulho dessas pessoas, pelo que estão tentando dizer, que é a verdade. A verdade que eles estão tentando divulgar, já que ela não aparece na mídia. É um longo caminho que às vezes se torna difícil. Às vezes, simplesmente estúpido. Mas eles continuam na jornada comigo e é por eles que vou lutar. Sempre, até o fim. Seja ele qual for", acrescentou.