Bárbara Paz, diretora de Babenco - Alguém Tem Que Ouvir o Coração e Dizer: Parou, deu início a uma campanha de financiamento coletivo para levar o filme ao Oscar. Até 31 de janeiro, a meta é arrecadar R$ 200 mil para bancar os custos de divulgação do filme, que está inscrito nas categorias de melhor filme internacional e melhor documentário longa-metragem.
Para garantir as indicações, os produtores precisam fazer com que o filme seja assistido pelos membros votantes da academia. Em 9 de fevereiro, será divulgada uma lista com 10 pré-indicados a cada categoria, dos quais cinco serão selecionados em 15 de março para concorrer aos prêmios.
Os produtores pediram uma ajuda financeira ao governo federal por meio da Ancine e ao governo estadual de São Paulo, mas até agora não receberam resposta. Os gastos com divulgação, de acordo com os organizadores da vaquinha, incluem sessões de exibição, além de equipes de assessoria de imprensa e publicidade.
A campanha está cadastrada no site Benfeitoria. É possível ajudar com qualquer valor, mas há recompensas para quem doar a partir de R$ 100 (um livro, sem taxa de entrega). Até o fechamento deste texto, já foram arrecadados R$ 120.405,00, 60% da meta.
Caso o filme passe na pré-seleção, será lançada uma nova campanha para arrecadar outros R$ 350 mil. A 93ª edição do Oscar será realizada no dia 25 de abril de 2021.
O filme
Lançado em novembro de 2020, Babenco - Alguém Tem Que Ouvir o Coração e Dizer: Parou traça um paralelo entre a arte e a doença do cineasta argentino naturalizado brasileiro Hector Babenco, que morreu em 2016, aos 70 anos, vítima de câncer. A obra foi premiada como melhor documentário no Festival de Veneza de 2019 e no Festival de Viña Del Mar, no Chile, em 2020.
Babenco foi casado com Bárbara Paz de 2010 até sua morte. Entres seus filmes mais conhecidos estão O Beijo da Mulher Aranha (1985), Pixote: A Lei do Mais Fraco (1982) e Carandiru (2003).