Correção: diferentemente do que informou esta matéria até as 13h de 14/07/2016, Hector Babenco não sofreu uma parada cardiorrespiratória em sua casa, mas no Hospital Sírio-Libanês. O texto já foi corrigido.
O cineasta Hector Babenco morreu na noite desta quarta-feira, aos 70 anos. Ele sofreu uma parada cardiorrespiratória no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, às 22h50min. Babenco havia sido internado na terça-feira, para um procedimento cirúrgico, do qual se recuperava bem. Ainda não há informações sobre velório ou enterro. O diretor deixa duas filhas, Janka e Myra, dois netos e sua esposa, Bárbara Paz. O velório acontece na sexta, das 10h às 15h, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo.
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Nascido em Mar del Plata, na Argentina, Babenco radicou-se no Brasil a partir de seus 19 anos e naturalizou-se brasileiro aos 31. Em sua carreira, dirigiu 10 longas-metragens, além de peças teatrais. Seu primeiro filme foi O rei da noite, em 1975, estrelado por Paulo José e Marilia Pêra. Foi indicado ao Oscar de melhor diretor em 1985, com O beijo da mulher-aranha, que também rendeu o prêmio de melhor ator a William Hurt.
Outros de seus filmes mais conhecidos são Pixote: A lei do mais fraco (1981), sobre um garoto pobre paulistano que se afeiçoa a uma prostituta vivida por Marília Pêra, Carandiru (2003), sobre o cotidiano e o massacre no famoso presídio paulistano, e Meu amigo hindu, seu último filme, lançado em 2016, que tem William Dafoe como protagonista e é inspirado na experiência do próprio Babenco, que lutou contra um câncer no sistema linfático nos anos 1990.