O ator Ray Fisher, intérprete do Ciborgue na franquia de super-heróis da Warner, voltou a acusar o estúdio de fazer anúncios para desviar a atenção de suas denúncias contra a conduta abusiva de Joss Whedon, diretor de Liga da Justiça. Fisher também denuncia o ex-diretor da DC Geoff Johns e o produtor Jon Berg por serem coniventes com Whedom.
Nesta quarta-feira (16), Fisher publicou no Twitter que a revelação do retorno de Ben Affleck ao papel de Batman “claramente deveria acontecer no DC FanDome”, mas foi adiantada para o mesmo dia em que a empresa iniciou uma investigação sobre os problemas nas gravações de Liga da Justiça.
Segundo ele, é a segunda vez que isso ocorre. Na semana passada, Jason Momoa, intérprete do Aquaman, afirmou que o estúdio anunciou sua escalação no live-action de Frosty: O Boneco de Neve com o mesmo intuito.
“Infelizmente o anúncio falso do Frosty não foi a única tática de relações públicas usada para distrair da séria situação de Liga da Justiça. O retorno de Ben como Batman claramente deveria ser revelado no DC FanDome. Dou a vocês uma chance para adivinhar o motivo de a Warner Bros. ter queimado a largada”, escreveu o ator.
Entenda o caso
Este é mais um capítulo do recente caso envolvendo Ray Fisher e a Warner Bros. Em julho, o ator denunciou o comportamento de Joss Whedon, que assumiu a direção de Liga da Justiça após a saída de Zack Snyder por problemas pessoais.
Fisher disse que "o tratamento que o diretor deu ao elenco e à equipe no set de Liga da Justiça foi nojento, abusivo, antiprofissional e completamente inaceitável". Ele afirma que Geoff Johns, ex-presidente da DC, e o produtor Jon Berg tinham conhecimento a respeito do comportamento de Whedon.
Em agosto, a Warner anunciou a abertura de uma investigação interna para apurar o caso. Desde então, Fisher tem criticado a empresa contratada, afirmando que ela não é independente.
No início do mês, o ator disse ter recebido uma ligação de Walter Hamada, atual presidente da DC, pedindo que seus relatos fossem focados apenas no mau comportamento de Whedon e do produtor Jon Berg, omitindo o nome do ex-presidente Geoff Johns.
No mesmo dia, a Warner emitiu um comunicado acusando Fisher de não colaborar com a apuração. Em resposta, o ator negou e disse que o conglomerado tenta "desacreditá-lo". Segundo as agências responsáveis por representar Fisher, ele ainda tem contrato com o estúdio e seu retorno à franquia “está nas mãos da Warner”.
Na semana passada, Jason Momoa apoiou as denúncias do colega e disse que a equipe recebeu um "tratamento de merda" nas regravações de Liga da Justiça. Outras pessoas também confirmaram as situações de abuso por parte de Joss Whedon, como diretor Kevin Smith, que afirmou ter ouvido relatos que dão força ao argumento de Fisher, e duas dublês de Buffy, A Caça-Vampiros, que acusaram o criador da série de ser egomaníaco.