O ator Jason Momoa, que vive o Aquaman nos cinemas, voltou a se pronunciar a favor de Ray Fisher, intérprete de Ciborgue, que recentemente denunciou situações de abuso nos bastidores de Liga da Justiça, lançado pela Warner Bros. em 2017.
Em seu perfil do Instagram, Momoa afirmou que a equipe recebeu um "tratamento de merda" durante as refilmagens do longa, conduzidas pelo diretor Joss Whedom. Segundo ele, a Warner ainda teria feito um anúncio falso sobre sua escalação na adaptação live-action de Frosty: O Boneco de Neve para “distrair” a mídia das acusações feitas por Fisher.
“Essa merda precisa acabar e ser investigada! Ray Fisher e todos os outros que viveram o que aconteceu sob os cuidados da Warner merecem uma investigação de verdade. Acho f*da que as pessoas tenham liberado um anúncio falso de Frosty sem minha permissão para distrair (o público) do que Ray Fisher estava dizendo sobre o tratamento de merda que recebemos durante as refilmagens de Liga da Justiça. Coisas sérias aconteceram. Isso precisa ser investigado e as pessoas precisam ser responsabilizadas. Eu estou com Ray Fisher”
No mesmo dia, Ray Fisher foi ao Twitter criticar a investigação interna conduzida pela Warner com base em suas acusações. Segundo o ator, a empresa não estaria ouvindo as testemunhas-chave no caso.
"Até o momento, a empresa 'independente' contratada pela Warner evitou convenientemente contatar testemunhas importantes que deram declarações contundentes. Eles também iniciaram entrevistas (e desde então deixaram como fantasmas) testemunhas que envolveram ex e atuais executivos de alto nível", escreveu.
Ele continuou: "Outros (incluindo um indivíduo que me ligou para se desculpar) já foram entrevistados. Não permitiremos que nenhum investigador escolha os entrevistados que melhor se adaptam à falsa narrativa e aos esforços de bode expiatório da Warner Pictures. Todos com histórias serão ouvidos!"
O caso
Este é mais um capítulo do recente caso envolvendo Ray Fisher e a Warner Bros. Em julho, o ator denunciou o comportamento de Joss Whedon, que assumiu a direção de Liga da Justiça após a saída de Zack Snyder por problemas pessoais.
Fisher disse que "o tratamento que o diretor deu ao elenco e à equipe no set de Liga da Justiça foi nojento, abusivo, antiprofissional e completamente inaceitável". Ele afirma que Geoff Johns, ex-presidente da DC, e o produtor Jon Berg tinham conhecimento a respeito do comportamento de Whedon.
Em agosto, a Warner anunciou a abertura de uma investigação interna para apurar o caso. Desde então, Fisher tem criticado a empresa contratada, afirmando que ela não é independente.
No início do mês, o ator disse ter recebido uma ligação de Walter Hamada, atual presidente da DC, pedindo que seus relatos fossem focados apenas no mau comportamento de Whedon e do produtor Jon Berg, omitindo o nome do ex-presidente Geoff Johns.
No mesmo dia, a Warner emitiu um comunicado acusando Fisher de não colaborar com a apuração. Em resposta, o ator negou e disse que o conglomerado tenta "desacreditá-lo".
Jason Momoa já havia apoiado as denúncias do colega publicamente. Outras pessoas também confirmaram as situações de abuso por parte de Joss Whedon, como diretor Kevin Smith, que afirmou ter ouvido relatos que dão força ao argumento de Fisher, e duas dublês de Buffy, A Caça-Vampiros, que acusaram o criador da série de ser egomaníaco.