Até o Oscar precisou mudar seus planos por causa da pandemia de coronavírus. Em 2021, a cerimônia deverá ser adiada em oito semanas, prevista agora para 25 de abril. A decisão, anunciada nesta segunda-feira (15) pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, foi tomada após cinemas mundo afora permanecerem fechados, prejudicando o calendário de lançamentos de Hollywood.
Com muitos blockbusters e filmes independentes forçados a adiar seus lançamentos até a reabertura dos cinemas, a data limite para filmes elegíveis ao Oscar também foi estendida de 31 de dezembro de 2020 a 28 de fevereiro de 2021.
"Nossa esperança, ao estender o período de elegibilidade e a data de entrega de nossos prêmios, é proporcionar a flexibilidade que os cineastas precisam para terminar e lançar seus filmes sem serem penalizados por algo além do controle de qualquer um", afirmaram o presidente da Academia, David Rubin, e o diretor executivo, Dawn Hudson, em nota à imprensa.
Não é a primeira alteração anunciada pela Academia para a 93ª edição do Oscar. Em abril, a organização confirmou que vai considerar filmes que estrearem somente em plataformas de streaming. Atualmente, para um título ser elegível às categorias principais da premiação, ele precisa ser exibido em um cinema de Los Angeles por pelo menos sete dias consecutivos, com três sessões diárias. Devido à pandemia, no entanto, a regra foi flexibilizada.
Agora, somente os longas que forem lançados após o fim do isolamento social precisarão obedecer à antiga regra. Aqueles que forem disponibilizados ao público enquanto os cinemas continuarem fechados, portanto, terão a chance de concorrer ao Oscar, incluindo o de melhor filme.
Quando os cinemas começarem a reabrir nos Estados Unidos, de acordo com a Academia, as normas de elegibilidade serão revistas, mas a exibição de filmes com pretensão de chegar ao Oscar não precisará ocorrer necessariamente em Los Angeles. Outras áreas metropolitanas, como Nova York e Miami, foram incluídas entre as aceitas pelo comitê da premiação.