Nas garras do grande vilão, a mocinha espera pacientemente pelo super-herói que vai salvar o dia e, de quebra, conquistar seu coração. A cena é clássica, mas pode estar com seus dias contados: enquanto personagens como Lois Lane e Mary Jane saem de cena, ganham espaço guerreiras poderosas capazes de salvar a si mesmas — e a humanidade —, dos maiores perigos. Nesta sexta-feira (8), diante da celebração do Dia Internacional da Mulher, a Marvel dá mais um passo em direção a este futuro com a estreia de seu primeiro candidato a blockbuster da temporada; Capitã Marvel.
Nos últimos 10 anos, desde o lançamento de Homem de Ferro (2008), o papel das personagens femininas dentro dos filmes da Marvel aumentaram, da inofensiva secretária Pepper Potts a heroínas como a Viúva Negra e Gamora. Ainda assim, foram necessários 20 filmes dentro do universo de super-heróis mais bem-sucedido da atualidade para que o protagonismo fosse entregue a uma mulher.
Em Capitã Marvel, de Anna Boden e Ryan Fleck, Brie Larson, ganhadora do Oscar do melhor atriz com O Quarto de Jack (2015) é Carol Danvers, piloto da Força Aérea dos Estados Unidos que ganha superpoderes após seu DNA seu fundido com o de um alienígena. A partir do acidente, Anna moça passa a proteger a Terra contra ameaças extraterrestres.
A Capitã Marvel, entretanto, não é a primeira super-heroína a brilhar em uma produção solo. A seguir, relembre outras mulheres que saíram dos quadrinhos para brilhar nas telas.
Mulher-Maravilha (2017)
Após Mulher-Maravilha despontar em Batman vs Superman: A Origem da Justiça (2016), a DC resolveu apostar na sua popular super-heroína, vivia por Gal Gadot. Sob a direção de Patty Jenkins, o longa solo da personagem foi um sucesso estrondoso e garantiu uma bilheteria de 821,8 milhões de dólares. Com Robin Wright, Connie Nielsen e Chris Pine, a produção voltou às origens da princesa Diana, desde sua infância na ilha das Amazonas até seus primeiros passos no mundo mortal, durante a I Guerra Mundial.
A recepção positiva garantiu a sequência do filme, novamente com Jenkins na direção. A princípio nomeado Mulher-Maravilha 1984, a estreia está prevista para novembro deste ano.
Supergirl (2015 - presente)
Também inspirada nos quadrinhos da DC Comics, a prima do homem de aço foi a primeira super-heroína mulher a ter uma série de TV desde a Mulher-Maravilha, com Lynda Carter, nos anos 1970. Assim como Clark Kent, Kara Zor-El — a Supergirl — escapou da destruição de seu planeta, Krypton, ao ser enviada para Terra. Sua missão era proteger o primo, Kal-El, mas sua nave ficou presa por anos na Zona Fantasma, uma prisão intergalática atemporal. Quando ela finalmente chega ao seu destino, o primo já é um grande super-herói que não precisa de sua ajuda.
Com Melissa Benoist no papel de Supergirl, a série se passa no mesmo universo de Arrow e The Flash, com episódios especiais reunindo os heróis. Já em sua quarta temporada, a produção é exibida no Brasil pela Rede Globo e pleo canal pago Warner.
Jessica Jones (2015-2019)
A heroína da Marvel estrelou duas temporadas na Netflix (a terceira está gravada, mas ainda não foi lançada), até a produção ser cancelada no início de 2019. Baseada na história de Brian Michael Bendis, lançada em 2001, a série mostra as aventuras de uma personagem pouco conhecida dos quadrinhos: Jessica Jones. Heroína aposentada, ela passa a utilizar suas habilidades especiais em sua própria agência de detetives.