A atriz espanhola Penélope Cruz, 44, já pode ser vista nos cinemas de todo o Brasil atuando ao lado do marido, Javier Bardem, 49, no filme Todos Já Sabem. Em entrevista à revista Veja, a artista revelou detalhes de como foram os bastidores do longa e um susto que teve na primeira semana de filmagens.
Em uma cena muito intensa na qual a personagem de Penélope, Laura, deveria mostrar um misto de depressão, raiva e nervosismo, a atriz não deu conta e sofreu com um ataque de pânico.
— Asghar [Farhadi, diretor] me pediu para repetir algumas vezes uma cena e, em algum momento, senti falta de oxigênio. Quando saí do carro, minha pressão caiu. Senti meu corpo falando: "Seja lá o que você estiver fazendo, por favor, pare". Quando eu saí da ambulância, Asghar veio falar comigo preocupado. Quando ele viu que eu estava bem, perguntou, meio sem graça: "Será que podemos fazer a cena mais uma vez?". Eu ri — lembra ela.
Na cena em questão, Penélope contracena com o próprio marido, Javier Bardem, que atua no longa como Paco, um ex-namorado de Laura.
— Graças a Deus não foi nada. Mas ficamos preocupados. E aquilo foi na primeira semana de filmagem, ainda tínhamos quatro meses pela frente. Foi quando percebemos que seria intenso — disse Bardem à publicação.
E trabalhar ao lado do marido já virou algo quase que rotineiro na vida dela. Este é o nono longa que Penélope e Bardem fazem juntos. Porém, o quarto em que contracenam.
— Em Jamón, Jamón [filme de 1992] foi onde nos conhecemos e começamos nossa carreira. Foi muito especial. Demos nosso melhor, pois sabíamos que era nossa grande chance de conseguir emplacar a carreira de atores. Desde então, tentamos não nos repetir em personagens. Também evitamos levar os personagens para casa — comenta a atriz.
Apesar da carreira de mais de 25 anos no cinema, ambos estão juntos desde 2007 e têm dois filhos. Penélope Cruz e Javier Bardem estrelaram o filme Escobar - A Traição, em 2018.
Espanhola de nascimento, a atriz há muito tempo faz sucesso em Hollywood. Por lá, há campanhas de atrizes de nome que clamam pelos direitos iguais das mulheres perante os homens. Para Penélope, a luta é contínua e árdua.
— É importante que esses movimentos não fiquem parados. As médicas, faxineiras, entre tantas outras mulheres não têm o microfone como nós e também sofrem abuso de poder — afirma.