A atriz uruguaia Natalia Oreiro, 41 anos, recebeu o Kikito de Cristal na noite desta quarta-feira (22), no Palácio dos Festivais, pelo 46º Festival de Cinema de Gramado. O prêmio é entregue a expoentes do cinema latino-americano. Ela foi a terceira mulher consecutiva a receber a homenagem: as argentinas Soledad Villamil (2017) e Cecilia Roth (2016) fora celebradas nos anos anteriores.
Natalia estreou no cinema há duas décadas em Um Argentino em Nova Iorque (1998). Entre outras produções, estrelou Infância Clandestina (2011) e O Médico Alemão (2013), dois filmes que foram selecionados pela Academia das Artes e Ciências Cinematográficas da Argentina para representar o país na briga pela indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2012 e 2013, respectivamente. Em 2016, protagonizou Gilda, Não Me Arrependo Deste Amor – cinebiografia sobre a cantora argentina de cumbia, que foi um sucesso no país vizinho.
Ela também foi a estrela de várias novelas argentinas, como Ricos y Famosos (1997) e Muñeca Brava (1998). Por isso, a atriz também é popular em países como a Rússia, tanto que lançou este ano o single United by Love, um dos temas da Copa 2018.
Natalia também é cantora pop com bastante êxito nos países latino-americanos, tendo lançado três discos, além da trilha sonora de Gilda.
Com todos êxitos entre Uruguai e Argentina, ela se considera Rio-Platense.
— Aqui poderia chamar de gaúcha (risos) — divertiu-se em coletiva de imprensa.
Mas tudo começou com a Xuxa: aos 15 anos, Natalia era uma das Paquitas do programa El Show de Xuxa, produzido pela Telefé da Argentina, e exibido em países latinos.
— Brasil é um país que, para mim, tem muita importância pessoal. Eu me casei aqui, em Fernando de Noronha, há 18 anos. E meu primeiro trabalho profissional foi dado por uma brasileira: Xuxa me escolheu como paquita — comentou.