Há gente já se despedindo de 2017, mas o ano ainda reserva a chegada às telas de Os Últimos Jedi, o oitavo episódio da série Star Wars, criada por George Lucas e hoje uma produção da Disney. O filme tem sessões de pré-estreia a partir da meia-noite de hoje para amanhã em cinemas do Estado.
Dirigido por Rian Johnson, Os Últimos Jedi é o segundo episódio da nova trilogia concebida por J.J. Abrahams para renovar a franquia e cujo primeiro exemplar foi O Despertar da Força, de 2015. A seu modo, essa nova trilogia representa uma "passagem de bastão" entre os personagens populares dos primeiros filmes, Luke Skywalker (Mark Hamill), Han Solo (Harrison Ford) e Leia (Carrie Fisher), e novidades como os antagonistas representados pela jovem Rey (Daisy Ridley) e pelo literalmente aspirante a Darth Vader Kylo Ren (Adam Driver).
Após serem apresentados como lados reversos de um mesmo fenômeno, dois talentos da Força, Ray e Kylo devem ter nuanças mais desenvolvidas na nova aventura. Kylo foi, na infância, uma criança tão dotada pela Força, a unidade místico-científica responsável pela vida no universo, que seu tio, Luke Skywalker, o treinou para ser um novo Jedi – até que o rapaz se rebelou, assumiu o "lado negro" pelo qual enveredara seu avô Darth Vader e agora é um dos grandes talentos da Primeira Ordem, supremacistas interessados em "tornar o Império grande de novo".
Rey, abandonada pelos pais em um planeta deserto, encerrou O Despertar da Força em um encontro com o isolado Luke. Em Os Últimos Jedi, Rey tentará fazer um Luke relutante depois de seu fracasso com Kylo treiná-la para controlar os poderes latentes que ela demonstrou no primeiro filme.
Como é comum em Star Wars, principalmente depois que George Lucas apresentou a segunda trilogia da saga, entre 1999 e 2005, um pano de fundo político desnecessariamente intrincado estabelece o cenário para a aventura espacial, e será retomado em Os Últimos Jedi. Ao final de O Despertar da Força, tanto o lado maléfico representado pela Primeira Ordem quanto os mocinhos da Resistência comandada por Leia (não fica muito bem claro contra o que eles resistiam, dado que a democracia havia sido restabelecida) tiveram perdas significativas. A República perdeu sua capital e seu centro político, enquanto a Primeira Ordem perdeu seu "Planeta da Morte".
Entre outros mistérios postos na balança estão o passado de Rey, e se há alguma conexão familiar entre ela e os demais personagens. A identidade do líder da Primeira Ordem, Snoke, também é uma incógnita. O novo filme também finaliza a participação de Carrie Fisher. Ela morreu em dezembro de 2016, quando as filmagens do oitavo episódio já haviam se encerrado, mas sua participação estava prevista também para o nono capítulo. Com a morte da atriz, uma conclusão foi pensada para a trajetória de Leia já neste filme. Com tanto a lidar, este será o capítulo mais longo da série, com duas horas e meia de duração.