Rodrigo Santoro reforçou aos jornalistas e convidados que assistiram na noite de segunda-feira, em São Paulo, à nova versão do épico Ben-Hur:
– Não é um remake do filme dos anos 1950. É uma releitura da mesma história para um novo público.
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Conforme a distribuidora Paramount, esta foi a primeira exibição pública no mundo do longa que entra em cartaz nos cinemas no dia 18 de agosto. A visão em primeira mão se deu com o compromisso de embargo da imprensa em relação a críticas e comentários mais detalhados sobre a produção. Mas pode-se adiantar que Santoro tem razão especialmente no que se refere ao imponente personagem que interpreta: Jesus Cristo, agora com maior presença em cena do que no clássico de 1959 ganhador de 11 Oscar dirigido por William Wyler.
Mas entre as transgressões regidas pelo diretor russo Timur Bekmambetov (de títulos como Abraham Lincoln: caçador de vampiros e O procurado) na sua abordagem mais enxuta do livro Ben-Hur: Uma história dos tempos de Cristo, lançado em 1880 pelo americano Lew Wallace (são 123 minutos de duração contra os 220 minutos do filme de 1959), não poderia ficar de fora a icônica corrida de quadrigas, sequência que é o ápice dramático da narrativa – e projeção 3D tenta tirar maximizar os efeitos de recursos contemporâneos como imagens captadas por drones e câmeras Go-Pro.
Mantendo de forma efetiva sua alternância de trabalhos nos Estados Unidos e no Brasil, Santoro divulga o filme em seu país na companhia do ator inglês Jack Huston – neto do grande diretor John Huston –, que vive o protagonista da trama, Judah Ben-Hur, papel imortalizado por Charlton Heston. Ben-Hur é um judeu de sangue nobre que cumpre uma redentora saga para se vingar de seu irmão adotivo, Messala (Toby Kebbell), oficial do exército romano que voltou-se contra a família que o acolheu acusando Ben-Hur de proteger insurgentes que atacam as forças de César em Jerusalém.
Em sua breve fala, Huston brincou com o empenho físico que lhe foi exigido para ilustrar as diferentes provações encaradas por Ben-Hur em sua jornada. O filme teve locações na cidade de Matera, no sul da Itália, que preserva a arquitetura do período histórico retratado, e nos estúdios Cinecittà, em Roma, que abrigaram a realização do Ben-hur de 1959.
Santoro e Huston participam nesta terça-feira de uma maratona de entrevistas na capital paulista.
– Ben-Hur poderia ser brasileiro. Ele não desiste nunca, o que é importante nesse momento complicado que estamos vivendo – comparou Santoro, arrancado aplausos da plateia.
Confira o trailer:
* Marcelo Perrone viajou a convite da distribuidora Paramount.