Em setembro passado, o diretor polonês Marcin Wrona foi encontrado morto em seu quarto de hotel em Gdynia, onde seu filme de terror psicológico Demon (2015) seria exibido no mais prestigiado festival de cinema de seu país. A polícia concluiu que o realizador de 42 anos cometeu suicídio enforcando-se. Esse triste episódio poderia servir de publicidade mórbida para uma produção que trata de possessão e espíritos. O impressionante Demon, porém, dispensa artifícios de propaganda: a força e o rico subtexto da narrativa e a extática atuação do protagonista são suficientes para prender a atenção do espectador em uma história que vai além das convenções do gênero de horror. O filme literalmente desenterra os esqueletos escondidos por uma sociedade culpada.
Cinema
Filme polonês "Demon" une terror psicológico e crítica social
O longa está em cartaz em Porto Alegre no Guion Center 3
Roger Lerina
Enviar email