Quem andou pelas ruas de Porto Alegre nos últimos dias pode ter se deparado com algumas cenas inusitadas, de ovos fritos gigantes no parque da Redenção até uma selva na Casa de Cultura Mario Quintana. As intervenções artísticas fazem parte da Virada Sustentável, que seguiu para uma versão a distância neste ano, mas ainda assim achou importante trazer arte para o cotidiano dos porto-alegrenses.
Montada na manhã desta quinta-feira (19), a intervenção Eu Era Outra Selva, de Felipe Morozini, transformou a vista da CCMQ. Feita a partir de 150 guarda-sóis e dois animais infláveis gigantes, um sabiá e um lobo-guará, a obra busca reproduzir a sensação de se estar submerso numa floresta da Mata Atlântica.
Outra intervenção que chamou atenção foi a Eggcident, de Henk Hofstra, que levou ovos fritos gigantes para o chão da cidade no último final de semana. Os objetos foram colocados ao redor do Monumento ao Expedicionário, com a calçada da Redenção sendo transformada em uma grande frigideira. Antes de chegar à cidade, a obra foi exibida nos Estados Unidos, Rússia, Países Baixos, Chile e China.
Antes disso, a instalação Fauna Guarani, do artista Xadalu, marcou o início da programação artística da Virada em 31 de outubro. No Parque da Redenção, quem passou pelo local deparou com duas réplicas gigantes do jaguaretê e da coruja inspiradas no envolvimento de Xadalu com as aldeias Mbya-Guarani.
Com o tema Refuturo: Repense, Recrie, Regenere 2020, o evento oferece mais de cem atividades transmitidas pela TVE e pelo Facebook e YouTube da Virada Sustentável Porto Alegre. Com o objetivo de alertar para a sustentabilidade, este é o maior festival sobre o tema na América Latina e um dos maiores do mundo.
Veja a programação, que se estende até 22 de novembro, no site oficial da Virada.