Era um homem austero, de poucas palavras, que usava um cavanhaque à moda D’Artagnan, lembrando vagamente a figura de um espadachim. Em 18 de agosto de 1920, desembarcou em um trapiche à beira do Guaíba, vindo de Santos (antes, havia atravessado o Atlântico a bordo da segunda classe do vapor Gelsia), para fazer história na arquitetura e nas artes plásticas do Rio Grande do Sul. Como arquiteto, o alemão José Lutzenberger ajudou a delinear a paisagem de Porto Alegre com a construção de edifícios como o Palácio do Comércio, o Asilo do Pão dos Pobres e a Igreja São José, além do conjunto residencial Vila Flores (hoje transformado em centro cultural no 4º Distrito). Como aquarelista, registrou a vida cotidiana nas ruas e cafés da Capital nos anos 1930 e 1940, além de retratar o homem do campo (da Serra e da Região da Campanha).
Cronista visual
Opinião
O Lutzenberger que poucos conhecem idealizou o prédio do Pão dos Pobres e retratou a vida dos gaúchos em aquarelas
Menos famoso do que o filho homônimo, que foi pioneiro do ambientalismo, arquiteto e artista alemão será homenageado com exposição em março
Paulo César Teixeira - interino
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