Uma das primeiras façanhas de uma criança é ir até a esquina comprar pão sem ser levada pela mão do pai ou da mãe. É como tirar um passaporte para a vida. Foi o que aconteceu comigo, na distante década de 1960, ao receber, pela primeira vez, a tarefa de buscar meio quilo de pão de semolina no armazém da esquina – no caso, a da Rua Nunes Machado com a General Caldwell, no bairro Azenha. Hoje, o armazém ainda está lá, intacto, e não apenas nas minhas lembranças.
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