O monumento a Giuseppe Garibaldi, de 1941, localizado na Praça Intendente Francisco José Pereira, em São José do Norte, no sul do Estado, oferecido pela colônia italiana, foi depredado. A placa de bronze com a inscrição “José Garibaldi/ A Colônia Italiana oferece/ 15-11-1941” foi arrancada e quebrada, sendo encontrada próxima da casa da moradora Ana Amélia, aos fundos da Escola Instituto Estadual São José e, posteriormente, entregue à Secretaria de Obras e Urbanismo.
O Instituto Histórico e Geográfico de São José do Norte (IHGSJN) realiza, há 16 anos, um ato da memorável madrugada de 16 de julho de 1840, quando o local foi palco de combate farroupilha, com participação de Giuseppe Garibaldi, juntamente ao general Bento Gonçalves. O instituto irá buscar apoio para recuperar a placa, que será recolocada no monumento. Lamentável!
Colaborou Fernando Costamilan, presidente do IHGSJN
Campereando pela Vida
Com o sugestivo título Campereando pela Vida (Dana Comunicação Integrada/Rochele Richter, 2013), o empresário João Osório Dumoncel brinda a comunidade santa-barbarense, a região e o Estado com o livro que é testemunho histórico e ultrapassa os limites familiares e empresariais, passando a interessar a todos os amantes da história do município e do noroeste gaúcho.
A obra é importante por apresentar uma revisão histórica de quase dois séculos de Santa Bárbara, Blau Nunes e Santa Bárbara do Sul, denominações que a localidade teve, captando as transformações ao passar da economia pecuarista e tropeirista para a agricultura mecanizada e para o agronegócio.
Primeiramente, faz-se um mergulho no passado, buscando as raízes da família Dumoncel na França, por meio do bisavô francês Victor, com passagem pela Argentina, nas tropas do general Juan Manuel de Rosas. Buscando vida nova, ele deixou a Argentina e entrou na Província do Rio Grande, tropeando mulas e estabelecendo-se como peão em Tupanciretã, na Região Central.
Seria em Santa Bárbara que a família se estabeleceria, onde teve forte participação nas revoluções de 1893 e 1923, em especial sob o comando de Victor Dumoncel Filho, pai do autor do livro. História à parte, a obra ressalta o empreendedorismo e o trabalho de Victor Dumoncel Filho e do próprio João Osório.
O autor destaca, além da participação política no município de Cruz Alta, no noroeste do RS, o espírito de luta e o trabalho de seu pai, que empreendia tropeadas a São Paulo e até ao Rio de Janeiro, vencendo inúmeros obstáculos e obtendo significativos lucros. O pai foi fundamental na formação do caráter de João Osório, dando-lhe liberdade para estudar até o momento em que precisou fazer um sucessor e chamou o filho dizendo: “chega de estudar Contabilidade; vem contar meus bois”. Assim, começou a vida de ruralista, inicialmente com o pai, depois com os irmãos e, finalmente, em carreira solo, construindo um império municipal, regional e, agora, já interestadual com a empresa 3 Tentos.
O que identifica João Osório com outros cidadãos, em especial com quem tem origens no campo, é a simplicidade e o espírito de economia. Ele emociona-se quando narra as viagens a Goiás, com a mulher Clélia, comendo em marmitas e dormindo em hotéis simples. Importava economizar, pôr fermento no negócio e fazê-lo crescer. João Osório poderia viver numa capital, ou em Sinop (Mato Grosso), mas não: ele declara seu amor às origens dizendo: “o meu lugar é aqui, em Santa Bárbara do Sul”.
Colaboração de Armando Marafon, colunista do jornal Minuano de Santa Bárbara do Sul