No aniversário de Barbosa Lessa, dia 13 de dezembro, às 18h, no auditório do Memorial do Rio Grande do Sul (Praça da Alfândega, primeiro andar), o Museu Antropológico do RS e o Memorial do RS realizarão o painel 10 x Lessa, sobre a trajetória do multifacetado tradicionalista gaúcho nascido em Piratini, em 1929, e falecido em 2002, em Camaquã. Os debatedores convidados são o publicitário e escritor Luiz Coronel, o jornalista Renato Dalto e o professor e crítico literário Luís Augusto Fischer. A entrada é franca e o evento ocorre como programação paralela à exposição homônima, em cartaz no mesmo local até 27 de janeiro.
A exposição é uma reedição da mostra de 2012, realizada pelo Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (IGTF), que assinalou os 10 anos da morte de Barbosa Lessa. A apresentação revela as 10 faces intelectuais de um dos mais conhecidos tradicionalistas gaúchos: homem da comunicação, compositor, tradicionalista, pesquisador, dramaturgo, homem público, escritor, ator e consultor de cinema, folclorista e ecologista.
Padre responsável pelo movimento “iê, iê, iê” nas igrejas da Capital
Até então, as missas eram exclusivamente em latim, e os cânticos, apenas os tradicionais. Na próxima sexta-feira, transcorre o 50º aniversário de ordenação do jesuíta padre Casemiro Irala, pioneiro, depois das mudanças promovidas pelo Concílio Vaticano II, no início da década de 1960, na atualização (aggiornamento) desta liturgia da Igreja Católica. Ele começou o novo movimento artístico nas igrejas a partir de Porto Alegre, com a chamada missa em “iê, iê, iê”.
De alguma forma, pode ser considerado o precursor dos inúmeros padres cantores que hoje gravam e se apresentam em público. Iniciou animando as missas na paróquia São Sebastião e no Colégio Santa Inês, quando ainda estudava teologia em São Leopoldo, após seus estudos no Chile, onde teve como colega o atual papa Francisco. No dia 16, ele será lembrado aqui, inclusive com sua afamada canção Oração de São Francisco, durante a missa das 10h no Colégio Anchieta, e, principalmente, em São Paulo, onde estará presente e que atualmente sedia seu apostolado cultural. Ainda, em Assunção, no Paraguai, em cujo colégio dos jesuítas foi reitor, elaborando significativa missa em guarani, sua língua materna. O “iê, iê, iê’’, hoje, não mais representa aquela inovação, mas seu pioneirismo continua a fazer sucesso!