Em 3 de novembro de 1892, nascia a Guarda Municipal de Porto Alegre. Agora, quando completa 125 anos, a Guarda mais antiga do país, criada por um decreto municipal do então intendente Alfredo Augusto de Azevedo, apresenta-se de cara nova para os porto-alegrenses. Com o lançamento da Ronda Ostensiva Municipal (Romu), em março deste ano, a Segurança ganhou mais uma ferramenta de combate à criminalidade. Trata-se de um grupo operacional voltado ao patrulhamento preventivo e de alta periculosidade que já atuou em mais de 250 ações.
A equipe está presente em eventos do calendário oficial, como a Procissão de Navegantes, o Carnaval e a Feira do Peixe, além de integrar as tradicionais blitze, que têm o objetivo de localizar veículos roubados, buscar foragidos da polícia e coibir infrações de trânsito.
São "60 homens capacitados para o uso de arma menos letal, como o dispositivo eletrônico de choque, e a maioria deles está preparada para o uso de arma letal", salienta o comandante Roben Martins. O grupo tem participado de ações integradas com a Brigada Militar, a Polícia Civil e a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).
Até o ano passado, a Guarda realizava o trabalho de zeladoria apenas dos prédios municipais, em postos de saúde e escolas, além de participar de eventos promovidos pela prefeitura. Neste ano, a GM entrou no sistema integrado de polícia e também na fiscalização.
Desde 2014, a Guarda pode usar armas, mas, a partir deste ano, a utilização se tornou fundamental para que o efetivo participe mais ativamente da segurança do município. O treinamento é uma parceria com o Exército Brasileiro, que disponibiliza a linha de tiro localizada no 3º Batalhão de Comunicações do Exército, no bairro Serraria, zona sul da Capital. O curso é ministrado por instrutores internos capacitados em temas como encaminhamento de ocorrências, local de crime, isolamento e preservação, abordagem com cidadania a pessoas com necessidades especiais, inteligência nas guardas Municipal e Comunitária, aspectos jurídicos da abordagem policial, abordagem a suspeitos a pé e em veículos e uso de algemas. Os guardas municipais também participaram de outras modalidades de cursos: Polícia Cidadã, Aspectos Práticos, junto à Academia Integrada de Segurança Pública do Estado, Operação com Barreira, ministrado pela EPTC, e Videomonitoramento, ministrado pelo Departamento de Comando e Controle Integrado do governo do Estado. Do efetivo de 469 agentes, 34 são mulheres e 240 têm porte de arma.
Neste ano, o Centro Integrado de Comando da Capital (Ceic) passou a integrar a Secretaria Municipal de Segurança. Essa mudança ampliou as ações do cotidiano e proporcionou a diferentes órgãos um comportamento mais imediato e eficaz. Servidores da EPTC, da Carris, da Fasc, do DMLU, da Defesa Civil e do Samu trabalham ao lado da equipe operacional da Guarda Municipal de Porto Alegre, que passou a atuar integralmente direto do Ceic. A maior integração permitiu mais agilidade nos processos e uma resposta imediata à população.