Indicado ao Oscar de longa-metragem de animação, Minha Vida de Abobrinha (2016) é uma produção franco-suíça adaptada de um livro escrito por Gilles Paris. O filme de Claude Barras conta a história de um menino de nove anos apelidado de Abobrinha que, após a morte repentina da mãe, é levado até um lar adotivo onde estão outros órfãos de sua idade. A princípio, Abobrinha luta para encontrar seu lugar nesse ambiente estranho e, por vezes, hostil, tendo como único laço afetivo o gentil policial que o acompanhou até lá. Aos poucos, porém, o guri vai se adaptando e interagindo com os pequenos colegas – até a chegada de Camila, garota por quem Abobrinha acaba se apaixonando.
Minha Vida de Abobrinha foi rodado em stop-motion, técnica em que as marionetes são filmadas quadro a quadro. Além da animação perfeita e da direção de arte delicada, o filme se destaca pelo sensível roteiro de Céline Sciamma – diretora de Tomboy (2011), comovente drama sobre uma menina de 10 anos que deseja ser menino.
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Minha Vida de Abobrinha aborda de maneira ao mesmo tempo leve e crua a questão dos maus-tratos sofridos por crianças, além de subverter o lugar-comum na representação que se faz dos orfanatos: em vez de local de abuso, trata-se do refúgio dos pequenos contra a violência do mundo exterior, onde descobrem a empatia, a camaradagem, a partilha e a tolerância.
Animação francesa premiada
Agraciado com o prêmio especial do júri da mostra Un Certain Regard, no Festival de Cannes, A Tartaruga Vermelha estreou nos cinemas na última quinta-feira e está na disputa pelo Oscar na categoria de animação. Rodado sem nenhum diálogo, o filme confia nos desenhos delicados em 2D para contar a história de um náufrago que tenta sobreviver em uma ilha. Aos poucos, ele faz amizade com uma tartaruga que depois se transforma em uma mulher. A direção é do holandês Mikael Dudok de Wit.
No embalo de Vinícius de Moraes
A peça A Arca de Noé, baseada na obra de Vinícius de Moraes, está em cartaz no Teatro Novo DC (prédio D – Rua Frederico Mentz, 1561), sábado e domingo, às 17h, dentro da programação do Porto Verão Alegre. Na montagem do diretor Zé Adão Barbosa, uma trupe de artistas circences conta o que aconteceu com os bichos depois do grande dilúvio e é inspirada em poemas que depois viraram sucesso em disco. Mais informações em portoveraoalegre.com.br.
Praça vira palco em Farroupilha
A Praça da Emancipação, em Farroupilha, será o cenário de Assobia e Chupa Cana, no domingo, às 16h. Promovido pelo Sistema Fecomércio-RS/Sesc, o espetáculo tem entrada franca. Com músicas, piadas e números tradicionais, a peça é protagonizada por Pinguinho e Serragem, dois trambiqueiros trapalhados que estão sempre tentando passar a perna um no outro, mas que, acima de tudo, são amigos.
Visita ao museu (1)
A programação de verão da Fundação Iberê Camargo termina neste sábado, com a oficina Do Manequim ao Look do Dia, que promove uma visita lúdica à exposição do pintor para crianças de 5 a 10 anos. Após, será realizada oficina sobre as relações entre vestuário e diferentes épocas. Inscrições pelo e-mail agendamento@iberecamargo.org.br.
Visita ao museu (2)
O Clube do Museu organiza no sábado uma visita à exposição Tão Longe e Tão Perto – A Arte de Surpreender a Infância, na Pinacoteca Ruben Berta (Rua Duque de Caxias, 973), das 11h às 12h30min. A inscrição custa R$ 50. Mais informações nos telefones (51) 3028-1617 e (51) 99303-2845 e pelo site clubedomuseu.com.br.
Nas redes
Compartilhe fotos de passeios com as crianças usando a hashtag #programinhaZH ou enviando um e-mail para programinha@zerohora.com.br. As imagens podem ser publicadas na seção Programinha do caderno Fíndi
@Julian de Moraes Metz
@Miguel Rodrigues