As três milhões de doses da vacina da farmacêutica Janssen, da Johnson & Johnson, que devem chegar ao Brasil na semana que vem têm prazo de validade até 27 de junho, segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Com isso, o país terá de 10 a 14 dias para receber, distribuir e aplicar todas as doses do imunizante.
Em 4 de maio, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, havia anunciado que o governo conseguiria antecipar para junho a entrega de três milhões de doses da vacina da Janssen, de um total de 38 milhões de ampolas adquiridas junto à farmacêutica (cuja data de entrega da maior parte está prevista para o 3º e o 4º trimestre de 2021). Na ocasião, no entanto, o chefe da pasta não mencionou sobre o curto prazo de validade. Nesta terça-feira (8), durante depoimento à CPI da Covid, Queiroga confirmou que o lote de 3 milhões de doses tem validade até 27 de junho.
— Isso foi pactuado com o PNI (Plano Nacional de Imunização). Entendemos que temos que fazer uma estratégia para aplicar essas 3 milhões de doses em um prazo muito rápido e não correr o risco de vencer vacinas — afirmou o ministro em seu depoimento à CPI.
Segundo o presidente do Conass, Carlos Lula, o Ministério da Saúde consultou tanto o Conass como o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) a respeito de como proceder diante da oferta.
— O ministério nos consultou na semana passada se valia a pena aceitar as 3 milhões de doses com prazo de validade para junho. Respondi que, no ritmo em que estamos vacinando, conseguiremos aplicar todas as doses, mas vai ser preciso um maior esforço — disse Carlos Lula ao portal G1.
Vacinação nas Capitais
Os Conselhos orientaram a pasta da Saúde a distribuir esse lote de vacinas da Janssen somente entre as Capitais brasileiras, dado o desafio de operacionalizar a entrega e a aplicação das doses no país em um espaço de tempo que gira em torno de 10 e 14 dias, dado o prazo de validade do imunizante. A vacina da Janssen é de dose única.
— Ainda está sendo discutido, mas a ideia é que a gente concentre nas capitais as 3 milhões de doses e faça uma compensação para o Interior com as demais vacinas. Chegando mais vacinas, a gente faz a compensação — disse secretário executivo do Conasems, Mauro Junqueira, ao portal G1.