As internações em leitos clínicos têm apresentado leve redução no Rio Grande do Sul desde o recorde de ocupação, em 12 de março, quando havia mais de 5,4 mil pacientes em tratamento de baixa e média complexidade. No fim da tarde desta segunda, havia 4,3 mil pacientes com covid-19 em leitos clínicos.
Os últimos índices a refletirem o impacto das restrições da bandeira preta, conforme epidemiologistas ouvidos por GZH ao longo da pandemia, são os de internações em UTIs e de óbitos. Por isso, o Rio Grande do Sul chegou, nesta segunda-feira (29), ao 28º dia consecutivo com mais de 100% de ocupação geral de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No fim da tarde desta segunda, o indicador marcava 102,3%.
Quando a ocupação passa de 100%, significa que há mais pessoas em atendimento do que o total de leitos oficialmente abertos. Na prática, isso quer dizer que há algum grau de improvisação no atendimento. O nível crítico de ocupação das UTIs é de 90%; acima desse patamar, é acionado o último nível de contingência hospitalar, com remanejamento de leitos e interrupção de atividades.
O total de pacientes com covid-19 internados em UTIs no Estado segue no patamar mais elevado — oscilando entre 2,3 mil e 2,6 mil desde 10 de março. No fim da tarde desta segunda, mais de 2,5 mil pacientes com covid-19 estavam em UTIs. A superlotação vem acompanhada das listas de espera estaduais e municipais por leitos, deixando sem atendimento parte dos pacientes que precisam de tratamento intensivo.