Com o objetivo de ver toda a população brasileira imunizada contra a covid-19 até setembro deste ano, a campanha de conscientização Unidos pela Vacina, que envolve empresários, profissionais liberais e líderes sociais, foi lançada oficialmente na terça-feira (9). Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, na manhã desta quarta-feira (10), Luiza Trajano, líder do movimento e presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, e Eduardo Sirotsky Melzer, CEO da EB Capital e coordenador de comunicação e marketing da iniciativa, explicaram como funcionará o projeto.
Para Luiza, é perceptível que as pessoas estão entendendo melhor a importância da vacinação e que a aderência está aumentando gradativamente. Ela afirmou que o grupo respeita aqueles que, por algum motivo pessoal, não queiram tomar a vacina, mas ressaltou que esse tipo de vírus só é controlado quando cerca de 80% da população está imunizada.
O primeiro movimento da campanha será focado nas pessoas que querem tomar, comentou Luiza. Enquanto o segundo será relacionado à união dos órgãos:
— Não é o momento da gente desunir. Não adianta ficar desunido se quem compra (a vacina) é o governo federal. Criamos um comitê que está falando com o governo federal, outro com o estadual e temos mais um com as prefeituras.
O grupo direcionado aos municípios ajuda a conferir se os equipamentos de conservação funcionam, se o imunizante está chegando aos locais e que tipo de apoio as prefeituras precisam. Luiza também elogiou a qualidade do Sistema Único de Saúde (SUS) em relação à vacinação e o empenho da sociedade, que segue oferecendo auxílio ao projeto.
Melzer salientou que o problema da vacina é mundial, pois a quantidade disponível não é o suficiente para atender todas as populações, e que esse é um obstáculo que será enfrentado. Para isso, será preciso gerar um processo mais eficiente para as vacinas que estão disponíveis.
— Dividimos nosso grupo em seis frentes que têm um objetivo claro: logística, micrologística, relação com o governo federal, estadual e município, e parcerias estratégicas. É um projeto de altíssima complexidade que faz frente ao tamanho do desafio que se tem — explicou.
De acordo com o coordenador de comunicação e marketing, o otimismo do projeto está em mobilizar o Brasil para chegar ao maior número de pessoas vacinadas possível. A meta colocada para setembro tem o caráter de gerar um senso de urgência para que as pessoas não fiquem complacentes:
— Não queremos olhar o problema, queremos olhar a solução. E o nível de adesão (à campanha) é emocionante, temos recebido contato de pessoas físicas, empresas e associações do Brasil inteiro. O Unidos pela Vacina deixa claro o que a gente quer: queremos nos unir para salvar vidas, para salvar a economia.
Para auxiliar na disseminação da campanha, as pessoas podem fazer vídeos e publicar nas redes sociais. Além disso, será possível participar de uma pesquisa municipal para dizer o que a prefeitura precisa para vacinar.
— No Instagram, tem uma conta que é "Unidos pela Vacina". Quem quiser participar, pode deixar uma mensagem que a turma de coordenação vai integrar as pessoas. Quem puder ajudar de forma concreta com sua empresa, deixe uma mensagem que a gente vai contatar — orientou Melzer.