Desde que iniciou o agendamento da vacinação para os idosos a partir de 60 anos que estão acamados, a prefeitura de Porto Alegre vem registrando uma alta demanda pelo telefone 156. Somente na manhã desta quarta-feira (27), foram mais de 2 mil ligações – a maioria envolvendo o cadastramento dos idosos acamados –, e, por conta disso, o sistema enfrentou instabilidade.
Por isso, a prefeitura reforça a importância de que a população entenda quem são as pessoas que podem receber as doses em casa. É considerado idoso acamado a pessoa que tem 60 anos ou mais, enfrenta grande dificuldade para se locomover e passa a maior parte do tempo deitada.
Os idosos que não estão incluídos nesse grupo devem aguardar a chegada de mais vacinas para que a imunização comece a ser realizada nos postos de saúde.
O diretor-geral de Vigilância em Saúde de Porto Alegre, Fernando Ritter, afirma que, nos últimos dias, várias equipes da Secretaria Municipal de Saúde estão chegando nas casas e encontrando idosos ativos.
— Estamos realizando uma análise dos casos conforme as informações que são repassadas por quem está marcando o agendamento. Mas, quando chegamos nas residências, nem todos os idosos estão acamados. Ao observar essa situação, os técnicos orientam para que a pessoa aguarde e deixam o local. Ocorrências do tipo geram uma perda de tempo para as equipes em que poderíamos estar vacinando pessoas que fazem parte do atual grupo prioritário — revelou o diretor-geral.
A Vigilância em Saúde calcula que tenha de vacinar contra a covid-19 mais de 5,5 mil idosos acamados. Além disso, o órgão espera que mais pessoas, que até então não tinham cadastro no Sistema Único de Saúde (SUS), procurem pelo serviço.
— Recebemos muitas ligações nos últimos dias pelo 156 e, em várias delas, as pessoas estão buscando informações e tentando um agendamento para idosos que ainda não estão sendo imunizados. Pedimos paciência para a população, novas doses chegarão e vamos ampliar os grupos de vacinação — reforçou Ritter.
A prefeitura iniciará a vacinação dos idosos nos postos de saúde de acordo com o envio de novas doses pelo Ministério da Saúde, o que está previsto para ocorrer a partir de fevereiro.