As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de Porto Alegre estavam nesta terça-feira (25), até 16h, com 310 pacientes com coronavírus. São três pacientes a mais do que na segunda-feira (24), mas os números são muito parecidos ao longo dos últimos seis dias. É o primeiro aumento depois de dois dias seguidos de queda.
Em relação à terça-feira passada, dia 18, quando havia 330 pacientes, a redução é de 6,06%. Se a comparação for pela média móvel, que está 312,47 (entre 19/8 e 25/8), a queda é de 7,45%, já que, na semana que passou, era 337,57 (entre 12/8 e 18/8).
A taxa de ocupação está em 88,57%. São 736 pacientes para 848 leitos (excluindo-se 17 leitos bloqueados temporariamente). Os hospitais Moinhos de Vento, Mãe de Deus e da Restinga estão com 100% dos leitos ocupados. Os hospitais referências no enfrentamento da covid-19 estão com as seguintes ocupações: Clínicas (92,50%), Conceição (96%) e Santa Casa (83,92%), sempre excluindo os leitos bloqueados.
- Eu não teria expectativa que nós vamos ter um grande decréscimo muito além desses números. Outro fator que eu gostaria de salientar é que os hospitais de referência continuam com as ocupações muito altas – alerta o infectologista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Alexandre Zavascki.
Doutor em Epidemiologia e também professor da UFRGS, Paulo Petry vê com bons olhos o atual cenário.
- Se vê uma queda. Hoje, por exemplo, nós fechamos com um número menor do que no início do mês. A previsão para agosto era de que fosse de alta. Nós chegamos a 340 pacientes internados no meio do mês. E agora caímos para 310. Isso é muito bem-vindo – destaca Petry, ao lembrar, no entanto, que os números ainda são muito altos.