Porto Alegre atingiu a marca de 200 mortes em decorrência do coronavírus. O óbito, divulgado neste sábado (18) pela prefeitura, ocorreu na sexta-feira (17). Trata-se de um homem de 80 anos com histórico de hipotireoidismo, internado no Hospital Vila Nova desde o dia 10.
Se demorou cem dias para ocorrer o centésimo óbito por coronavírus na Capital, esse número dobrou em pouco mais de duas semanas. O secretário municipal de Saúde, Pablo Stürmer, chama atenção para essa aceleração e destaca:
— Lamentamos as vidas perdidas e nos solidarizamos com o sofrimento de 200 famílias. Só o distanciamento social pode conter o avanço desse cenário doloroso.
Mesmo com as restrições mais rígidas, Porto Alegre está longe de atingir a meta de 55% de isolamento social, proposta pelo governo municipal. A taxa voltou a despencar nesta nesta sexta-feira, chegando a apenas 39,5%. É a menor marca desde que a última medida (bloqueio de vale-transporte de trabalhadores de serviços não essenciais) começou a valer, no dia 9.
A prefeitura tem avaliado a possibilidade de determinar lockdown. No Jornal do Almoço, o prefeito Nelson Marchezan lamentou que "as medidas não estão sendo cumpridas como poderiam" e voltou a falar sobre o tema:
— Mesmo com as restrições, o número segue crescendo, porque agora o vírus já contaminou muitas pessoas. Nós temos que temos que ter a compreensão de todos, o que seria mais razoável do que, quem sabe, fazer um lockdown, por uma ou duas semanas, com expectativa de depois reiniciar uma abertura.
Ele ressaltou que a covid-19 ocupa mais de 40% de todos os leitos de UTI e que há a possibilidade de, em algumas semanas, os “hospitais terem que começar a escolher quem vive ou não”.
A evolução do número de mortes
11 de março
Confirmação do primeiro caso
25 de março
Primeira morte
10 de junho
50ª morte
2 de julho
100ª morte
18 de julho
200ª morte