O programa Gaúcha+ desta quinta-feira (14) recebeu Henry Starosta Chmelnitsky, presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha). Ele detalhou a proposta entregue à prefeitura de Porto Alegre a respeito da reabertura do setor, que opera com restrições desde 20 de março como forma de conter o avanço do coronavírus na Capital:
— As medidas tomadas pelo Estado e pelo município foram rigorosamente acertadas e, com isso, chegamos a números positivos (de contenção da doença). Com esse número e a situação de estabilidade que estamos vivendo, nós podemos retomar a economia de outra forma. Nosso setor foi profundamente afetado. A telentrega e o takeaway não resolvem o problema de ninguém. No restaurante Barranco, por exemplo, o delivery representa 6% das vendas (de antes da pandemia). Contratamos uma consultoria e desenvolvemos protocolos. Eles foram desenvolvidos dentro do sistema que nos norteia, que é a busca por menores riscos à saúde. Primeiro, a ciência. A saúde pública prevalece.
Segundo Chmelnitsky, os protocolos do sindicato foram considerados pelo governo do Estado, que os incorporou ao decreto que determinou regras de distanciamento controlado, no último sábado (9). Pelas regras, a região metropolitana de Porto Alegre poderia reabrir parte do comércio, com restrições, de acordo com decisão das prefeituras. A categoria pede, agora, que a proposta seja adotada pelo prefeito Nelson Marchezan.
— Recomendamos trabalhar a 50% na atual situação. Em relação ao atendimento, propusemos não trabalhar com menu e nada que envolva manuseio. Recomendamos que não se deixe entrar no estabelecimento cliente que não respeite as normas, que os clientes entrem de máscara, que passem álcool gel, além de normas para a equipe de funcionários — disse Chmelnitsky.
O dirigente frisa que o diálogo com o prefeito tem sido bom:
— Podemos discordar e brigar, mas estamos na mesma direção. Nossa proposta é calcada em estudos. Não é algo que pressiona por pressionar. Sim, nós temos que abrir, mas estamos propondo soluções técnicas e que deem continuidade ao trabalho. Neste momento de exceção, os negócios vão ter que, agora, ser readequados, mas não podem quebrar. Esta é a nossa grande luta: temos que passar por isso com saúde física, saúde mental e saúde econômica.