Após reanalisar os dados de proliferação do coronavírus e de internações nas regiões de Passo Fundo e Lajeado, o governo do Estado decidiu, nesta quinta-feira (7), manter as duas áreas com a bandeira vermelha de risco. Conforme o governador Eduardo Leite, não houve melhora do cenário e, portanto, as duas regiões seguem com o mesmo nível de risco e com o comércio fechado.
— A conclusão que chegamos é que, mesmo que tenha havido disponibilização de novos leitos, o número de internações ontem subiu proporcionalmente aos leitos, tanto em Passo Fundo quanto em Lajeado. Estamos mantendo (a classificação atual de risco) — disse Leite, durante transmissão ao vivo em rede social.
No novo modelo de distanciamento social que está sendo implementado pelo Estado, a atualização dos níveis de risco ocorrerá a cada sábado. Nesta semana, por pressão de prefeitos das duas regiões, o governo atualizou os dados na quarta-feira (6).
O novo modelo de distanciamento social ainda não está em vigor, mas já serve de base para as decisões do governo do Estado. Oficialmente, deve ser implementado na próxima segunda-feira (11).
Entenda o novo modelo de bandeiras
O modelo permitirá a flexibilização ou endurecimento de regras com base no impacto semanal do coronavírus em cada uma das 20 regiões do Estado. De acordo com a proliferação do vírus e com a ocupação de leitos de UTI, será definida, semanalmente, uma bandeira de risco (amarela, laranja, vermelha e preta) para cada região.
As bandeiras mais claras indicam que a situação está mais controlada e, portanto, que as atividades podem funcionar com menos restrições. Na outra ponta, as bandeiras vermelha e preta indicam aumento da proliferação do coronavírus e menos vagas de UTI disponíveis, prevendo mais restrições.
Na última semana, mesmo antes de o novo formato entrar em vigor, o governo fez um teste e analisou a situação de risco nas 20 regiões do Estado. O resultado foi a classificação de duas regiões (Passo Fundo e Lajeado) com a bandeira vermelha de risco – mantida nesta quinta (7).
Outras nove regiões (incluindo Porto Alegre e Caxias do Sul) ficaram um nível abaixo, com risco laranja. Por fim, nove regiões receberam a bandeira amarela, ou seja, menor nível de risco. Nenhuma das 20 regiões recebeu bandeira preta, ou seja, risco iminente de colapso no sistema de saúde.