Assim como para redes de supermercados, estão permitidos para comerciantes e funcionários de estabelecimentos de médio e pequeno porte, como mercearias, minimercados e fruteiras, o uso de máscaras e até de luvas como medida preventiva contra a disseminação do coronavírus.
— Quem tiver pode usar. Não está proibido. Existem evidências de que a máscara ameniza a transmissão do coronavírus — afirma o médico veterinário Marcelo Páscoa Pinto, gerente da Unidade de Vigilância Sanitária da Secretaria da Saúde de Porto Alegre.
Ele explica que é preciso cuidado ao manejar as máscaras, pegando sempre pelas alças laterais, jamais tocando na parte frontal, junto ao nariz ou boca, para evitar contaminação. Para quem não tiver em casa, ele recomenda adquirir máscaras caseiras, deixando de comprar as do tipo cirúrgica e a de modelo N-95, escassas no mercado, para proteção de profissionais de saúde, categoria com mais risco de contrair doenças.
Em relação a luvas, o médico veterinário adverte que elas são menos eficazes em comparação a uma boa higienização:
— As pessoas devem lavar as mãos com água e sabão e tomar todos os cuidados recomendados de assepsia.
A permissão para uso de máscaras e luvas despertou dúvidas entre comerciantes como Neiva Lussani, dona de um minimercado no centro da Capital. Ela conta que semana passada recebeu visita de uma agente que se disse fiscal da vigilância sanitária, afirmando que seria desnecessário o uso desses equipamentos.
— Eu estava usando máscara e luva, mas tirei. Ficamos perdidos, sem saber o que fazer — conta Neiva, que diz passar álcool gel nas mãos e em equipamentos como máquina de venda via cartão de crédito a cada atendimento.
Em supermercados, tornou-se comum funcionários usarem protetores faciais e as caixas de pagamento com placas de vidro ou acrílico para separar atendentes e clientes.