O governador Eduardo Leite comentou, nesta sexta-feira (10), a decisão tomada por ele no dia anterior de repassar aos municípios a decisão sobre a abertura de parte do comércio não essencial, como restaurantes e salões de beleza.
— É uma medida para que possamos dar condições às peculiaridades locais de serem atendidas, mediante justificativa dos prefeitos — disse Leite, durante transmissão ao vivo, em rede social.
Em outro trecho, o governador afirmou que a situação no Estado é complexa e que os prefeitos devem ter critérios para liberar as atividades:
— Temos uma situação de muita complexidade e diversidade no Estado. São 497 municípios, com diferentes realidades. Por decisão do prefeito, com embasamento, com critérios, podem ser liberadas (essas atividades).
A flexibilização ocorreu nesta quinta-feira (9), quando o governador decretou que o comércio não essencial segue proibido, mas, nos casos de restaurantes, lancherias, salões de beleza e lojas de chocolate, pode haver liberação pelos prefeitos. Até então, o fechamento do comércio valia para todos os municípios, sem brechas para que os gestores locais liberassem atividades.
A mudança ocorreu após vários dias de pressão por parte de representantes do comércio, além de alguns prefeitos e deputados estaduais, que pedem a retomada das atividades econômicas.
Leite tem argumentado que as decisões sobre restrição de atividades e medidas de distanciamento social por conta do coronavírus são tomadas pelo governo com base em dados e evidências científicas. Até o momento, o governador não detalhou que dados e evidências levaram a essa flexibilização.