Nesta segunda-feira (23), começa a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe em todo o país, antecipada em função da pandemia de coronavírus. Nesta primeira fase, serão priorizados os idosos e profissionais da saúde, que estão mais vulneráveis à covid-19. Alguns municípios terão esquema diferenciado, pois têm autonomia para isso.
A vacina da gripe não protege contra o coronavírus, apenas diminui o risco de infecção e complicações respiratórias causadas pelos vírus que estão na composição da vacina. Além disso, facilita o diagnóstico de possíveis casos de covid-19. Veja como vai ser o esquema na Capital e no restante do Estado.
Rio Grande do Sul
A imunização começa nesta segunda-feira (23) para idosos e profissionais da saúde. Em portaria publicada na sexta-feira (20), a Secretaria Estadual da Saúde regulou a parceria com farmácias para que elas apliquem as doses, evitando aglomerações nos postos de saúde. Os pontos ainda não foram divulgados pela pasta.
Em São Leopoldo, a prefeitura iniciou a vacinação na sexta-feira (20).
Porto Alegre
Na Capital, a prefeitura vai dar prioridade para a imunização dos profissionais da saúde: somente eles serão vacinados na segunda (23) e na terça-feira (24). A partir de quarta (25), a vacinação será aberta para os idosos nas farmácias das redes Agafarma, Panvel e São João. Conforme a Secretaria Municipal da Saúde, serão diversos pontos espalhados pela Capital. Eles serão divulgados na segunda-feira. Com isso a secretaria pretende evitar aglomerações.
Pacientes acamados ou impossibilitados de se deslocarem que já tenham cadastro nas unidades de saúde deverão receber a dose em casa. Aqueles nessas condições sem cadastro devem buscar o registro com os agentes comunitários de saúde.
Orientações
Para a médica infectologista Lessandra Michelin, diretora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), a vacina é extremamente importante.
— Não podemos arriscar que o grupo de risco fique doente por causa de influenza, independentemente do coronavírus. Eles vão precisar tomar mais cuidado: precisam manter a distância com as outras pessoas, devem higienizar as mãos com mais frequência e não precisam usar máscara, a menos que estejam com algum sintoma respiratório — diz.
Nas clínicas particulares, completa a médica, há uma orientação para que as pessoas só compareçam mediante agendamento de horário para não formar aglomerações.
— A ideia é não aglomerar. Precisamos de uma vacinação forte, mas consciente. E é preciso lembrar que a pessoa vai fazer a vacina e volta para casa. Não é dia de passear — enfatiza.