Turistas vindos do centro do país, em direção ao Uruguai e à Argentina, encontrarão uma série de novos atrativos ao passarem pelo Rio Grande do Sul. A novidade será o corredor turístico Torres-Chuí, um projeto das associações de turismo do Litoral Norte e da Costa Doce.
A iniciativa, que busca promover o turismo na região para além do período de verão, será lançada oficialmente nesta quinta-feira (17), às 14h, em Capivari do Sul, em um encontro de lideranças de municípios litorâneos.
O trecho cruza 28 municípios. Por ali, é possível encontrar três ecossistemas distintos. A área de dunas e lagoas — vista em Cidreira e em Pinhal —, a de cânions e águas — presente em Itati e em Maquiné —, e, por fim, a costa marítima, em Capão da Canoa e Torres.
O percurso ofertado pelo corredor começa com o ingresso do turista em Torres, pela BR-101. A partir daí, os viajantes poderão optar por percorrer essa rodovia até São José do Norte e Rio Grande, e, então, seguir pela BR-471 até o Chuí.
De acordo com, Flávio Holmer, presidente da Associação do Turismo do Litoral Norte (AtlNorte), uma parceria com a CCR ViaSul, concessionária que administra os trechos da freeway e da BR-101, placas de sinalização já foram colocadas, indicando o acesso para que o turista prossiga na via até a região sul do Estado.
— Há dois anos estamos articulados para esse movimento. O corredor em si existe há 50 anos, mas nunca foi usado ou otimizado, queremos reverter essa situação e passar a oferecer ao turista, que vem de carro ao Estado, uma série de alternativas do que se visitar. Os atrativos naturais de ambas as regiões do litoral tanto Norte, quanto Sul, apesar de seu potencial turístico e ecológico, permanecem ainda pouco conhecidos tanto por turistas quanto pelos próprios gaúchos — analisa.
Ancorado no conceito de que, durante a pandemia e no pós-coronavírus, o turismo está e estará calcado em passeios a bordo de carros, Holmer aposta que o Parque Nacional da Lagoa do Peixe e as águas cristalinas da Lagoa do Bacupari, em Mostardas, por exemplo, podem voltar a chamar a atenção das pessoas:
— Ao optar pelo corredor Torres-Chuí, e fugir da BR-116, os visitantes terão, além de uma viagem mais tranquila, sem trânsito carregado, a possibilidade de fazer diversas paradas nos municípios da região. Por outro lado, aqueles que vêm de Buenos Aires poderão pegar a BR-101, em São José do Norte, e irem à divisa de Torres com Santa Catarina explorando novos atrativos. E os gaúchos, obviamente, também poderão conhecer mais a sua região, sem fazer grandes deslocamentos.
Com aproximadamente 700 quilômetros de extensão, o trecho atualmente já conta com hotéis, pousadas e restaurantes, porém a proposta do grupo é aprimorar ainda mais esse serviço de acolhida. Outro passo importante para a região a ser dado, nesta quinta, será apresentação do projeto de viabilidade da construção da ponte entre São José do Norte e Rio Grande feito pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit). Segundo o presidente da AtlNorte, essa construção integra a rota turística e é estratégica para a rota.