No sábado, 11 de março, o Parque Estadual do Turvo, o primeiro e maior do Rio Grande do Sul, completou 70 anos de história. Localizado em Derrubadas, na região noroeste do Estado, o parque é um dos destinos de hoje do Partiu RS, que vai até a fronteira com a Argentina para mostrar belezas naturais como o grandioso Salto do Yucumã.
Para nossa equipe, que saiu de Santa Rosa, a viagem durou cerca de duas horas e meia, mas, para quem parte da Capital, o caminho é mais longo. Saindo pela Rodovia do Parque, o motorista deve seguir pela BR-386 de Canoas até Frederico Westphalen, depois pela BR-472 até Tenente Portela e, então, pegar a RS-330. A cidade, que tem só 3 mil habitantes, inspira tranquilidade, mas também oferece um pouco de aventura. Há dois roteiros organizados, feitos em uma caminhonete adaptada. Pacotes turísticos com café colonial e almoço custam a partir de R$ 90.
Nossa primeira parada foi para curtir o visual da cachoeira de Santa Fé. Assim como ela, há mais 53 cascatas no município, todas acessíveis aos turistas. Em algumas, também dá para tomar banho – mas é preciso ter cuidado, porque não há salva-vidas. Como a cidade não tem hotéis nem pousadas, balneários como o Parque das Fontes, que encontramos pelo caminho, oferecem cabanas para passar a noite (R$ 150 a diária) – também é possível tomar banho de piscina e pescar (acesso a R$ 15).
Cinco quilômetros depois da cidade, encontramos o Parque Estadual do Turvo. Para entrar, paga-se por veículo: o preço é de R$ 10 para motos, R$ 16,85 para carros e R$ 224 para ônibus. Logo na chegada, fiquei impressionado com a biodiversidade do lugar. No centro de visitantes, conhecemos a história do parque, que conta com mais de 17 mil hectares de Mata Atlântica – um refúgio para plantas e animais em extinção.
Fizemos uma trilha educativa, na qual é possível ter uma amostra da diversidade da flora e da fauna do lugar. Ali dá para encontrar até onça pintada, considerado o maior felino das Américas. Os cerca de sete animais da espécie que moram ali já foram flagrados várias vezes pelas armadilhas fotográficas espalhadas no local. Importante: não esqueça de repelente, protetor solar, água potável e algum lanche, itens que não são encontrados por lá.
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De volta à caminhonete, seguimos por mais 15 quilômetros pelo meio do parque até o Salto do Yucumã, que em tupi-guarani significa Salto do Roncador. E não é difícil imaginar o motivo – este é o maior salto longitudinal do mundo, com 1,8 mil metros de comprimento. E o mais curioso: o salto não é brasileiro, é argentino. O que faz a fronteira entre os dois países é o canal, a parte mais funda do Rio Uruguai, que chega a 120 metros de profundidade.
De volta à cidade, visitamos a propriedade da família Rigo, onde a aposta foi o turismo rural. Ali, a atração principal é uma cachoeira que nasce do encontro de dois rios. A entrada custa R$ 2; no acampamento, R$ 20. Já na casa da família Grolli, saboreamos um café colonial fantástico por R$ 20.
Na propriedade vizinha, estava a nossa última parada: um moinho construído há 63 anos. Ali, tudo é movido pela força da água, e o visitante pode, inclusive, colocar a estrutura em funcionamento. Eu ajudei o dono, Almiro Buchner, a produzir farinha. O milho é moído, passa por um elevador e cai em uma tuia (espécie de caixa de madeira), pronto para o consumo.
#PartiuRS é uma série multimídia que mostra as belezas do Estado. Além do ZH Viagem, a série pode ser acompanhada aos sábados, no Jornal do Almoço, da RBS TV, no Supersábado, da Rádio Gaúcha, e em um site especial no G1. A coordenação é de Mariana Pessin (mariana.pessin@rbstv.com.br)