Ao chegar à Guarda do Embaú, "na" Palhoça, não atravesse o Rio da Madre, mas siga pela esquerda. Ao contrário da maioria dos turistas, que logo após encontrar um estacionamento seguem pela areia, cruzam o rio e alcançam a orla de areias brancas do outro lado, a dica é também explorar o canto oposto do vilarejo.
Depois de cruzar todo o centrinho da Guarda, chega-se ao Estacionamento do Cabral, onde também está a Casa do Turista. Ali, guias e colaboradores distribuem mapas e oferecem passeios guiados gratuitos pela região. Um dos destinos é a Pedra do Urubu. Do seu topo, a 130 metros de altitude, pode-se ver o Rio da Madre, que marca a divisa entre os municípios de Palhoça e Paulo Lopes. Serpenteando pela planície litorânea, o rio deságua no mar.
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Para chegar ao alto do morro, percorre-se uma trilha de aproximadamente 20 minutos por dentro da mata. Após deixar o caminho principal ainda calçado, é preciso ter atenção às bifurcações da trilha, que não são bem sinalizadas. A dica é ir acompanhado de algum guia da Casa do Turista – que também relata as curiosidades do local.
– A mata que forma essa parte do parque está em recuperação. Aqui, até a década de 1970, funcionavam plantações e engenhos de cana, mas virou área preservada do Parque da Estadual da Serra do Tabuleiro – explica Luiz Pimenta, coordenador do Centro de Visitantes.
O nível de dificuldade é fácil, exceto nos últimos metros, que são mais íngremes e exigem maior esforço. Mas a recompensa está uns poucos passos à frente. Lá de cima, é possível ter uma visão de quase 360º do litoral catarinense. Pode-se ver as Ilhas Moleques do Sul, que ficam em frente à praia do Pântano do Sul, na Ilha de Santa Catarina. Também se avistam a Ilha do Coral, toda a orla da Guarda do Embaú, delineada pelo Rio da Madre, a Praia do Gamboa, ao fundo, Siriú e a praia de Garopaba. A oeste, pode-se observar a planície do Litoral e a Serra do Tabuleiro, com seus montes verdes.
Outras trilhas, praias e mirantes
Ainda na trilha, nem 10 minutos depois, sempre pelo caminho principal, chega-se à beira da Prainha do Vigia, também conhecida como Canto do Evori ou Praia do Evori. Com poucos metros de extensão, ela fica às margens do Rio da Madre, muito perto da foz, e servia como ponto de observação de tainha. O canto é talvez o melhor lugar para ficar à praia na Guarda do Embaú: facilmente se atravessa o rio a nado (cuidado com a correnteza) e chega-se ao mar. A diferença de temperatura da água é impressionante: rio, ameno; mar, gelado.
Depois de comer um camarão no Vigia, siga pela trilha e contorne o costão. Programe-se para chegar ali ao fim da tarde e poder acompanhar o pôr do sol. Se ainda for cedo, continue até a Prainha, outra praia pequena, atrás do costão. Do centrinho da Guarda do Embaú até ali são 30 minutos sem paradas. Ainda pela trilha, pode-se seguir contornando o costão por mais quatro quilômetros até a Praia do Maço, também conhecida como Vale da Utopia, e a Praia de Cima, antes de chegar à Pinheira.