Você não volta o mesmo depois de uma viagem para a África do Sul. A terra de Nelson Mandela ganha o turista em todos os aspectos que conquistam um bom viajante - dos mistérios que envolvem a savana às cidades com charme de cartão-postal e um litoral exuberante banhado por dois oceanos.
Além da experiência turística, o país oferece uma imersão inigualável ao regime do Apartheid, um dos capítulos que mais emocionam na história mundial. Não há como não se surpreender com uma nação que se reinventou tão bem após ser unida por Mandela.
A diversidade é tanta que são 11 idiomas oficiais - o mais falado é o inglês britânico, com um forte sotaque. Em 10 dias passeando em solo sul-africano, pude provar um pouco de cada uma das riquezas do país que oferece luxo, aventura e conforto e está cada vez mais presente entre os principais destinos turísticos do mundo.
Os safáris
Entre tantas experiências que a África do Sul me ofereceu, nada foi mais emocionante e perturbador do que o safári fotográfico. A sensação de estar na savana sul-africana, hábitat natural de animais selvagens que só vemos em filmes, mescla-se a todo momento com sentimentos de medo e euforia.
Elefantes. Foto: Sabi Sabi Private Game Reserve
Ao chegar ao Sabi Sabi, hotel que está dentro da Sabi Sand Game Reserve, uma reserva privada localizada no nordeste do país, logo percebemos que o maior objetivo da aventura - sim, a partir do momento em que pisei na reserva passei a ter a noção de que o que eu viveria dali para frente seria diferente de tudo até então - é ver de perto os Big Five - leão, leopardo, elefante, búfalo e rinoceronte -, os animais mais difíceis de ser capturados pelo homem.
Leão. Foto: Jennifer Gularte, Agência RBS
Eles estão livres dentro de uma área sem cercas que abriga outras tantas reservas privadas e o Kruger National Park, cuja área é maior do que a do Estado do Espírito Santo. Para localizá-los em uma paisagem que parece não ter fim, saímos de carro guiados por duas figuras que são a alma do passeio: o ranger, que conduz o veículo e explica o contexto de cada animal ou ave avistado, e o tracker, que vai em um banquinho à frente do carro buscando pegadas e rastros dos animais pela savana.
Hipopótamo. Foto: Sabi Sabi Private Game Reserve
Nativa, a dupla consegue identificar com perspicácia a localização dos animais por meio dos inúmeros sinais que eles deixam pelo caminho. Nos quatro safáris que fiz - sempre cedo da manhã, das 6h às 9h, e à tardinha, das 16h30min às 19h30min -, só não vi o búfalo, que, confesso, nem fez tanta falta. Flagramos o guepardo, ou xita, que, além de incrivelmente lindo, é o animal mais rápido da savana - corre até 120 quilômetros por hora atrás da presa -, e o mais temido e procurado de todos, o leão, que dispensa qualquer apresentação.
Boma. Foto: Sabi Sabi Private Game Reserve
À noite, ocorre o Boma, jantar ao redor de uma fogueira em que todos do hotel contam suas experiências do dia e as perspectivas para o próximo safári. Trata-se de uma prática que remete aos caçadores em um ambiente altamente luxuoso.
Continue lendo
Johannesburgo e arredores mostram um pedaço da história do Apartheid
Cidade do Cabo tem beleza natural exuberante
*A repórter viajou a convite da South African Tourism e South African Airlines