Nova Orleans, devastada pelo furacão Katrina; Ruanda, marcada por um genocídio; ou o Japão, tocado pela violência de um tsunami, permanecem populares enquanto destinos turísticos. A história das catástrofes atrai novos viajantes.
Nova Orleans
Bilhões de dólares de prejuízo, 1.464 mortos e 80% da cidade inundada. Este é o triste resultado registrado por Nova Orleans, na Louisiana, depois da passagem do furacão Katrina, em agosto de 2005. O destino conhecido pelo jazz, pelo Gumbo - prato tradicional com arroz, frutos do mar, especiarias e legumes em um molho - e pelo rio Mississippi atraiu turistas após a catástrofe. Em 2007, 70% dos turistas voltavam ao local. Agora, além de atrações como o museu da Segunda Guera Mundial, há o Katrina Tour, que possibilita conhecer, em um passei o de ônibus, os bairros que sofreram com a catástrofe.
(Smiley N. Pool/AF) A água cobriu a área central de Nova Orleans após a passagem do furacão Katrina
Leste do Japão
No dia 11 de março de 2011, a cidade portuária de Rikuzentakata, no nordeste do Japão, foi devastada por um tsunami que nasceu no oceano Pacífico depois de um terremoto. As águas invadiram a cidade e fizeram mais de 300 vítimas e deixaram o caos. Em meio a esta cena apocalíptica, uma pinheiro de 27 metros permanece em pé onde existia uma floresta de 70 mil árvores. Apesar de algum tempo depois não ter resistido, a planta foi reconstituída com um orçamento de 1,5 milhões de euros. Hoje, este símbolo da cidade atrai os turistas.
Ruanda
Se a Ruanda se revela um destino turístico de aventura com locais para caminhar, safaris e parques nacionais, o país também entra no turismo-catástrofe em função do genocídio que causou a morte de 800 mil pessoas em 1994. Entre os lugares que recebem visitas, o jardim memorial do genocídio de Gisozi, em Kigali.
(Radu Sigheti/Reuters) Ruanda se prepara para homenagear os mortos após dez anos
Chernobyl
A zona interditada de Pripiat, situada a alguns quilômetros do centro nuclear de Chernobyl, também virou ponto turístico. Os viajantes circulam em um perímetro de segurança - passando por lugares descontaminados - e podem se aproximar do famoso reator que entou em fusão no dia 26 de abril de 1986. Não se deve, no entanto, se afastar do guia e tocar em objetos do local.
(Andreas Solaro/AFP) Navio de cruzeiro Costa Concordia, que bateu em rochas submersas e naufragou em 16 de janeiro de 2012, na costa da Itália, no Mar Mediterrâneo
(Efrem Lukatsky/AP) Vista geral da Usina Nuclear de Chernobyl que foi cena de um dos piores disastres nucleares do mundo
Ilha do Giglio
No dia 13 de janeiro de 2012, o navio Costa Concórdia naufragou na Ilha do Giglio, no arquipélado da Toscana. Foram 32 mortos. Em julho de 2012, o local recebeu 80 mil curiosos. Este ano, as visitas aumentaram em 30%.