Quando fiz o roteiro da minha viagem pela Europa, a Hungria não estava nos planos. Depois de uma dica de um amigo e uns dias livres no percurso, decidi conhecer a capital, Budapeste. O legal é que não tinha quase nada de referências da cidade - então, tudo seria uma grande surpresa como, de fato, foi! O idioma, a moeda e as placas de localização eram superconfusas, mas nem por isso deixei de me encantar pelo lugar.
Fui em fevereiro, quando a temperatura média é de 3°C mas, devido a uma frente fria no continente, era comum fazer -10°C. A neve deixava tudo mais complicado, mas não menos bonito. A cidade é dividida em duas: Buda e Peste. Fiquei em Peste, e por ali é possível visitar os principais pontos a pé. Para atravessar a ponte e chegar em Buda, onde fica o palácio, fui com um citytour, pois estava nevando demais.
Budapeste é bastante conhecida por suas construções em Art Nouveau, sendo chamada de "Paris do Leste", e pelas termas e saunas. Um dos prédios mais lindos que já vi é o Parlamento, na Praça Kossuth e às margens do rio Danúbio. É um dos principais prédios da cidade, construído em 1884 a partir de diversos estilos arquitetônicos, mas inspirado no parlamento inglês. O local tem 691 salas, mas dizem por lá que os legisladores usam apenas 10% da área, sendo o resto do local subaproveitado.
(Mariana Moraes) Palácio, igrejas, praças, museus e monumentos estão no Várhegy (morro do castelo, em húngaro)
A visita à Basílica de São Estevão (Szent István) é indispensável. O acesso é gratuito, mas é bem visto deixar algumas moedas com o zelador do lugar. O local foi batizado com o nome do primeiro rei católico húngaro. Para os mais curiosos, na Capela da Mão Direita, ali mesmo na basílica, estão os restos mortais da mão do rei.
Quem gosta de comidas típicas e roupas e artesanato característico do lugar deve ir ao Grand Market Hall, o maior mercado aberto da cidade. No caminho pode-se ver a Nagy Zsinagóga, a maior sinagoga da Europa, construída em 1859, em estilo romântico. Bem perto do mercado fica a ponte Széchenyl, ou ponte das correntes, a primeira ligação entre Buda e Peste, reconstruída depois das duas guerras mundiais.
O Várhegy (o morro do castelo, em húngaro) concentra o palácio, igrejas, praças, monumentos e museus. Ali, uma das grandes atrações é o Fishermens Bastion, um antigo mercado de peixes transformado em belvedere e de onde se tem a melhor vista da cidade com o rio a cortando ao meio. Outro local imperdível em Buda é a entrada para a Szentháromság tér, a praça central, que abriga diversas torres em estilo gótico.
Um passeio típico húngaro, que não fiz e me arrependo bastante, é o banho termal. O principal de Buda é o Gellért Gyógyfürdö, que fica dentro de uma bela construção em Art Nouveau. Existem piscinas mistas e outras separadas por sexo, onde é possível entrar sem roupa.