Porto Alegre é um ovo.
Não.
O mundo é um ovo.
A história que me fez filosofar - sim, o nosso planeta pode ser bem menor do que imaginamos - deu-se em Vancouver, na costa oeste do Canadá, em dezembro passado.
Editora deste caderno, fui convidada pela Comissão Canadense de Turismo (CTC, na sigla em inglês) a conhecer a província de British Columbia, um dos grandes destinos turísticos do país, onde fica Vancouver. Certo dia, tivemos a manhã parcialmente livre da programação oficial. Com dois blogueiros de São Paulo - o Erik e a Jana -, decidi dar uma passada em um shopping próximo ao hotel em que estávamos hospedados.
Entramos na loja de produtos de beleza Sephora. Conversando em português e dando risada nos corredores, fomos abordados por uma das vendedoras:
- Vocês são brasileiros! - falou Tatiana Abreu, em claro gauchês.
Foram uns 20 minutos de bate-papo sobre Vancouver, de como ela foi parar lá e de onde veio a fama de o gaúcho ser gay. Aliás, ela contou que o marido, Iuri, é autor do Dicionário Gaudério, juntamente com o escritor Luís Augusto Fischer.
Quando já estávamos saindo da loja, comentei que trabalhava na Zero Hora. Ao que Tatiana respondeu:
- Que legal! Mandei uma foto minha com meu marido em Vancouver para o caderno de turismo e foi publicada no mês passado.
Seria possível que, nesta cidade de 600 mil pessoas, em apenas dois dias, a única brasileira com que eu tenha deparado fosse uma leitora do Viagem cuja foto havia saído havia poucos dias no Seu Olhar (se você não sabe o que é, dê uma olhada na contracapa)? Exatamente isso.
- Fui eu que escolhi a foto! - respondi, de pronto.
Ainda com sorrisos e admiradas pela coincidência, nos despedimos.
Sim, o mundo é um ovo - às vezes de avestruz, às vezes de galinha.
*Editora dos cadernos Viagem e Meu Filho
Mundo pequeno
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