Durante uma manhã, caminhei pelo Centro Histórico de Florianópolis para conferir um roteiro recheado de história e de bons momentos. Selecionei seis pontos. Um material de apoio essencial e que amplia o passeio é o Roteiro Autoguiado do Centro Histórico de Florianópolis, publicado pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Florianópolis e lançado em agosto passado. No roteiro, a CDL destacou outros 19 pontos, somando 25.
O conteúdo do roteiro é assinado por um dos maiores especialistas em turismo da cidade, o ex-professor universitário Antonio Pereira Oliveira, autor de livros sobre o tema.
- Em três horas de caminhada, é possível conhecer ruas, igrejas, casarios, museus, praças e monumentos, com informações sucintas e diferenciadas - garante Pereira.
Além de prático, o guia é rico em detalhes e ainda divertido. Em cada ponto descrito no roteiro, há um mosaico com o boi de mamão, personagem do folclore luso-açoriano, constituindo uma trilha a ser seguida pelos visitantes.
- São 25 paradas para viajar no tempo e respirar o passado - reforça o autor do conteúdo.
Curiosidades sobre a origem da lendária figueira da Praça XV, as telas de alto valor artístico do interior da Catedral Metropolitana, a importância arquitetônica das linhas neoclássicas do prédio da Alfândega são alguns dos aspectos do roteiro.
O roteiro
O Guia Autoguiado lançado pela CDL inclui um mapa artístico, assinado pela ilustradora Vera Muccillo. O mapa começa pela Catedral Metropolitana, seguindo pelos sobrados oitocentistas, e termina no Teatro Álvares Carvalho (TAC). O roteiro é gratuito e pode ser encontrado em bancas, hotéis, restaurantes e no entorno da Praça XV.
Prala XV de Novembro
Tem pavimentação em petit pavê desenhado pelo artista plástico Hassis. Na Praça XV estão alguns bustos que homenageiam catarinenses famosos como Cruz e Sousa, Victor Meirelles, José Boiteux e Jerônimo Coelho. Há também superstições folclóricas, como a de contornar a figueira várias vezes para atrair casamento e fortuna. Aos sábados, há feiras de artesanato local até as 15h.
Catedral Metropolitana
Começou a ser construída em 1675, quando o bandeirante Francisco Dias Velho, fundador de Nossa Senhora do Desterro, iniciou a construção de uma capela em homenagem à padroeira. É uma opção até para quem não é religioso em razão das obras de arte que abriga.
Onde fica: Rua Padre Miguelinho, 55
Palácio e Museu Cruz e Souza
Conhecida como "Palácio Rosado", a edificação foi construída no século 18 pelo engenheiro militar José da Silva Paes, que queria transformá-lo em sede da casa do governo. O palácio foi uma das primeiras construções realizadas para o poder púbico. Abriga o Museu Histórico de Santa Catarina.
Onde fica: Praça XV de Novembro, 227
Ingresso: R$ 2
Museu Victor Meirelles
É vinculado ao Instituto Brasileiro de Museus do Ministério da Cultura e está instalado desde 1952 na casa onde o pintor Victor Meirelles nasceu, no Centro. No espaço, há coleções do artista. A edificação foi preservada no estilo oitocentista.
Onde fica: Rua Victor Meirelles, 59
Ingresso: R$ 2
Travessa Ratcliff
A Travessa Ratcliff é uma ruazinha de 50 metros com chão de lajota por onde não é permitido passar carros. É considerada um ponto de encontro de boêmios, escritores e artistas. Aos sábados, o bar Canto do Noel, muito tradicional da região, oferece samba, feijoada e cerveja bem gelada geralmente até as 19h.
Rua Vidal Ramos
Recebeu revitalização no ano passado, deixando as calçadas mais largas e na mesma altura das faixas de pedestre, facilitando a locomoção de cadeirantes. A iluminação é em LED, e os empresários reformaram suas fachadas, instalaram bancos e lixeiras personalizadas.
Não há um padrão de horário de funcionamento das lojas, mas a maioria abre de segunda a sexta-feira das 9h às 18h e aos sábados das 9h às 13h.
Turismo histórico
Conheça uma Florianópolis que não é das praias em um roteiro pelo Centro Histórico da cidade
O mapa começa pela Catedral Metropolitana, seguindo pelos sobrados oitocentistas, e termina no Teatro Álvares Carvalho (TAC). O roteiro é gratuito e pode ser encontrado em bancas, hotéis, restaurantes e no entorno da Praça XV
GZH faz parte do The Trust Project