Goldfield, Midas, Silver Peak e Goldpoint são algumas das cidades que aspiravam erguer a próxima Comstock Lode, primeira comunidade do país onde foram encontrados minério e prata, em 1859. Em alguns casos, elas cresceram até as minas serem desativadas; em outros, as minas nunca entregaram o que os investidores calculavam. Mas todas elas fazem parte do auge da corrida do ouro, no século XIX e início do XX, no deserto de Nevada.
Hoje, os visitantes ainda podem ver - e ter uma ideia - de como eram essas cidades no auge da mineração. Confira algumas sugestões de roteiros:
Rhyolite
Uma das mais pitorescas cidades-fantasma do Estado, também foi a mais bem sucedida na produção de ouro e prata. Fundada em 1905, a cidade cresceu rapidamente e chegou a 6.000 moradores. Em cinco anos, construiu três linhas ferroviárias, sua própria bolsa de valores, vários bancos e blocos de edifícios.
Análises iniciais mostraram que o valor da tonelada de minério era de US$ 3.000, mas esses primeiros sinais foram deturpados. Em última pesquisa, apenas um pouco mais de US$ 1,5 milhão em ouro foi retirado da área, valor consideravelmente menor que o investido no desenvolvimento da comunidade.
Em meados da década de 1930, Rhyolite tinha desmoronado. Muitas estruturas da cidade foram desmanteladas para construir outras comunidades, particularmente nas proximidades de Beatty . No entanto, algumas mais resistentes sobreviveram, como a casa de garrafa (as paredes são construídas com garrafas velhas, uma prática comum nas cidades mineiras, onde os materiais de construção eram escassos) e o grande depósito de ferro.
Belmont
Belmont era promissora. Entre 1865 e 1890, a área produziu cerca de US$ 15 milhões em ouro e prata. Por um tempo, foi até sede do Condado de Nye. Mas, uma vez que o minério secou, a cidade entrou em decadência e processo de abandono.
Hoje, ainda há muito da velha Belmont. A rua principal, agora asfaltada, está forrada com vitrines antigas e indícios do que foi outrora a capital dos negócios. De um lado, a fachada de tijolos arqueados onde provavelmente funcionava o banco. Do outro, as ruínas do antigo salão cosmopolita. Ao norte fica o Palácio da Justiça de Belmont . A estrutura de tijolos de dois andares foi parcialmente restaurada pela divisão de Parques Estaduais de Nevada.
A parte principal da cidade são as ruínas de um sítio abandonado. Paredes de tijolo vermelho e os restos de grandes chaminés são tudo o que resta do Monitor Mill. Novas casas foram construídas em torno das estruturas mais antigas.
Berlin
É a mais bem preservada das cidades de mineração de Nevada. Fundada na década de 1890, Berlin nunca passou de algumas centenas de moradores e só produziu ouro até 1909. Em seguida, desapareceu. Registros indicam um rendimento de apenas US$ 2,50 por tonelada de minério. Felizmente, a cidade foi adquirida na época por uma empresa de mineração, o que garantiu a preservação de seus edifícios ao longo dos anos.
Na década de 1970, a cidade foi entregue para a divisão de Parques Estaduais de Nevada, que manteve a fábrica, várias casas e edifícios comerciais. O resultado é um campo de mineração praticamente intacto, embora o moedor tenha sido removido durante a 2ª Guerra Mundial. Os guardas-florestais do parque oferecem visitas guiadas, explicando o uso de cada edifício.
Berlin também é lar de alguns maiores fósseis do mundo, os ichthyosaurus. Uma visita ao Ichthyosauria State Park revela esqueletos desse gigante carnívoro que tem uma média de 15 a 18 metros de comprimento e pesa 40 toneladas.
Goldfield
O ouro foi descoberto por lá em 1902 e, em cinco anos, a cidade chegou a 20.000 moradores. Em 1904, as minas estavam produzindo US$10.000 por dia - nessa época, Goldfield já tinha ultrapassado Tonopah e Virginia City como a maior cidade de Nevada. Em 1908, foi construído o luxuoso Hotel Goldfield, com um elevador, tapetes importados e tetos de ouro.
A produção começou a cair em 1910. Em 1913, uma enchente destruiu vários blocos da cidade e, em 1923, um incêndio queimou o que restava. Ao longo dos anos, as pessoas se afastaram. Ainda assim, apesar de sua vida relativamente curta, Goldfield foi uma das áreas de Nevada que mais deram certo, produzindo uma estimativa de US$80 a US$125 milhões em ouro.
Hoje, Goldfield continua a ser uma interessante aula de história. Apesar da destruição causada por negligência, incêndios e inundações, as ruas ainda guardam o clima da cidade velha. O Hotel Goldfield sofreu uma renovação e está de pé. Do outro lado da rua, o Tribunal do Condado de Esmeralda também funciona. O charme de antigamente se exibe em praça pública.